- Atos dos Apóstolos III. O Cristianismo vai aos Confins da Terra
Beréia e Atenas
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enorme despesa, exibiam suas formas maciças. Vitórias das armas e feitos de homens célebres eram comemorados pela escultura, relicários e placas. Tudo isto fez de Atenas uma vasta galeria de arte.
Olhando Paulo a beleza e a grandeza que o rodeavam, e vendo a cidade toda entregue à idolatria, seu espírito se encheu de zelo por Deus, a quem via desonrado por todos os lados; e seu coração se comoveu de piedade pelo povo de Atenas, que, muito embora sua cultura intelectual, era ignorante do verdadeiro Deus.
O apóstolo não se deixou seduzir pelo que viu nesse centro de cultura. Sua natureza espiritual estava tão viva às atrações das coisas celestiais, que a alegria e magnificência das riquezas que nunca perecerão tornavam de nenhum valor aos seus olhos a pompa e o esplendor daquilo que o circundava. Vendo a magnificência de Atenas, ele compreendeu seu poder sedutor sobre os amantes da Arte e da Ciência, e seu espírito ficou profundamente impressionado com a importância da obra que tinha diante de si.
Nessa grande cidade, onde Deus não era adorado, Paulo foi opresso por um sentimento de solidão, e anelou a simpatia e o auxílio de seus colaboradores. No que respeita à amizade humana, sentia-se inteiramente só. Em sua epístola aos tessalonicenses, ele exprimiu seus sentimentos nas palavras: "Deixar-nos ficar sós em Atenas." I Tess. 3:1. Obstáculos aparentemente intransponíveis se apresentaram diante dele, fazendo com que se lhe afigurasse quase, sem esperança a tentativa de alcançar o coração do povo.
Enquanto esperava por Silas e Timóteo, Paulo não