- Atos dos Apóstolos IV. O Ministério de Paulo
Paulo Prisioneiro
Capítulo: 037 038039
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Lísias imediatamente decidiu transferir Paulo de sua jurisdição para a de Félix, o procurador. Como um povo, os judeus estavam num estado de despertamento e irritação e eram freqüentes os tumultos. A presença permanente do apóstolo em Jerusalém podia levar a conseqüências perigosas para a cidade, e até mesmo para o próprio comandante. Assim pois, "chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos arqueiros para irem até Cesaréia; e aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao presidente Félix". Atos 23:23 e 24.
Nenhum tempo devia ser perdido em enviar Paulo. "Tomando pois os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride." Atos 23:31. Deste lugar os cavaleiros foram com o prisioneiro para Cesaréia, enquanto os quatrocentos soldados retornaram a Jerusalém.
O oficial a cujo cargo estava o destacamento, entregou a Félix o prisioneiro, apresentando também uma carta que lhe tinha sido confiada pelo tribuno:
"Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde. Esse homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano. E, querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho. E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei; mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão. E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei,