- Atos dos Apóstolos IV. O Ministério de Paulo
A Viagem e o Naufrágio
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as agruras de sua sorte – foi-lhe permitida a companhia de Lucas e Aristarco. Em sua carta aos colossenses, referiu-se ele mais tarde ao último como seu "companheiro de prisão" (Col. 4:10); mas foi por vontade própria que Aristarco partilhou da prisão de Paulo, a fim de poder confortá-lo em suas aflições.
A viagem começou favoravelmente. No dia seguinte lançaram âncora no porto de Sidom. Aqui Júlio, o centurião, "tratando Paulo humanamente", e sendo informado de que neste lugar havia cristãos, "lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele". Atos 27:3. Esta permissão foi grandemente apreciada pelo apóstolo, que estava com a saúde debilitada.
Havendo deixado Sidom, o navio encontrou ventos contrários; e tendo-se desviado de uma rota direta, seu progresso foi lento. Em Mirra, na província de Lícia, o centurião encontrou um grande navio de Alexandria, que viajava para a costa da Itália, e para este navio transferiu imediatamente os prisioneiros. Mas os ventos eram ainda contrários, e o progresso do navio foi difícil. Lucas escreve: "E, como por muitos dias navegássemos vagarosamente, havendo chegado apenas defronte a Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos abaixo de Creta, junto de Salmone. E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos."
Em Bons Portos foram forçados a ficar por algum tempo, esperando vento favorável. O inverno estava-se aproximando rapidamente, "sendo já perigosa a navegação"; e os que tinham a responsabilidade do navio tiveram que desistir de alcançar seu destino antes que a época favorável para a navegação marítima se encerrasse