- Atos dos Apóstolos IV. O Ministério de Paulo
Os da Casa de César
Capítulo: 043 044045
Pág. 462
conhecimento do humilde Nazareno, ou O consideravam com ódio e desprezo. E contudo, em menos de dois anos o evangelho teve acesso da modesta casa do prisioneiro aos recintos imperiais. Paulo estava em cadeias como um malfeitor; mas "a Palavra de Deus não está presa". II Tim. 2:9.
Em anos anteriores o apóstolo havia publicamente proclamado a doutrina de Cristo com cativante poder; e por sinais e milagres havia dado indiscutível evidência de seu divino caráter. Com nobre firmeza levantara-se perante os sábios da Grécia, e por seu conhecimento e eloqüência tinha feito silenciar os argumentos da altiva filosofia. Com indômita coragem estivera diante de reis e governadores, e falara da justiça, da temperança e do juízo vindouro, até que soberbos governadores estremeceram como se já contemplassem os terrores do dia de Deus.
Tais oportunidades não lhe eram agora concedidas, confinado como se achava em sua própria residência, podendo pregar a verdade apenas aos que ali viessem. Não tinha, como Moisés e Arão, ordem divina para ir adiante de perversos reis, e em nome do grande EU SOU repreendê-los por sua crueldade e opressão. No entanto, foi neste mesmo tempo, quando seus principais advogados estavam aparentemente separados do trabalho público, que o evangelho alcançou grande vitória; membros da própria casa do imperador foram acrescentados à igreja.
Em nenhum lugar poderia haver uma atmosfera menos propícia ao cristianismo que na corte romana. Nero parecia ter apagado de sua alma o último vestígio do divino, e mesmo do humano, havendo recebido o ferrete de