- A Ciência do Bom Viver 3. Médicos-Missionãrios E Sua Obra
Os Pobres Desamparados
Capítulo: 012 013014
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ficar dentro ou próximo de uma grande cidade, devem ser localizadas no campo, onde se pode obter terra para cultivo, e as crianças podem ser postas em contato com a natureza, e ter o benefício do preparo profissional.
Os que tomam conta desse lar devem ser homens e mulheres dotados de coração nobre, cultos e abnegados; homens e mulheres que empreendam a obra impulsionados pelo amor a Cristo, e que eduquem as crianças para Ele. Sob tais cuidados, muitas crianças sem lar e desamparadas podem ser preparadas para se tornarem úteis membros da sociedade e uma honra para Cristo, ajudando a outros por sua vez.
Muitos desprezam a economia, confundindo-a com a avareza e a mesquinhez. A economia, porém, harmoniza-se com a mais ampla liberalidade. Verdadeiramente, sem economia não pode existir real liberalidade. É preciso que poupemos, a fim de podermos dar.
Ninguém pode exercitar verdadeira beneficência sem abnegação. Unicamente por uma vida de simplicidade, de renúncia e estrita economia, nos é possível realizar a obra a nós designada como representantes de Cristo. O orgulho e a ambição mundanos precisam ser expelidos de nosso coração. Em toda a nossa obra, o princípio do desinteresse pessoal revelado na vida de Cristo tem de ser desenvolvido. Nas paredes de nossa casa, nos quadros, na mobília, devemos ler: Recolhe "em casa os pobres desterrados". Em nosso guarda-roupa, cumpre-nos ler: "Veste o nu." Na sala de jantar, na mesa coberta de abundante alimento, devemos ver traçado: Reparte "o teu pão com o faminto" (Is 58:7).
Mil portas de utilidade se acham abertas perante nós. Lamentamos muitas vezes os escassos recursos disponíveis, mas, se os cristãos estivessem com inteiro fervor, poderiam multiplicar os recursos mil vezes. É o egoísmo, a condescendência com o próprio eu, que entravam o caminho a nossa utilidade.