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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Ao fugirem, haviam ficado atrás os pobres; e estes contemplavam agora a Jesus, cujo semblante exprimia amor e simpatia. Com olhos marejados de lágrimas, dizia às trêmulas criaturas que O cercavam: Não temas; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás. Para isso vim ao mundo.

O povo comprimia-se diante dEle, dirigindo-Lhe insistentes e lastimosos apelos. Mestre, abençoa-me! Seus ouvidos escutavam a todo clamor. Com uma compaixão maior que a de uma terna mãe, inclinava-Se para os sofredores. Todos eram objeto de Sua atenção. Cada um era curado de qualquer moléstia que tivesse. Os mudos abriam os lábios em louvor; os cegos contemplavam o rosto de seu Restaurador. Alegrava-se o coração dos enfermos.

Ao passo que os sacerdotes e oficiais do templo testemunhavam essa grande obra, que revelação não era para eles o que lhes chegava aos ouvidos! O povo contava a história de seus padecimentos, das frustradas esperanças, dos dolorosos dias e noites insones. Quando a última centelha de esperança parecia extinta, Cristo os curara. O fardo era pesado, dizia um, mas encontrei um Ajudador. Ele é o Cristo de Deus, e devotarei minha vida a Seu serviço. Pais diziam aos filhos: Ele te salvou a vida; levanta a tua voz e bendize-O. A voz das crianças e a dos jovens, pais e mães, amigos e espectadores uniam-se em louvor. Esperança e alegria enchiam-lhes o coração. O espírito possuía-se de paz. Eram restaurados na alma e no corpo, e voltavam para casa proclamando por toda parte o incomparável amor de Jesus.

Na crucifixão, os que assim foram curados não se uniram à turba vil que exclamava: "Crucifica-O, crucifica-O". Suas simpatias eram para Jesus; pois Lhe haviam sentido a grande compaixão e o maravilhoso poder. Sabiam que era seu Salvador; pois lhes dera saúde física e espiritual. Escutaram as pregações dos apóstolos, e a entrada da Palavra de Deus em seu coração lhes dera entendimento. Tornaram-se instrumentos da misericórdia de Deus, de Sua salvação.

A multidão que fugira do templo, passado algum tempo, foi voltando devagar. Haviam-se recobrado em parte do terror que deles se apoderara, mas suas fisionomias exprimiam irresolução e timidez. Olhavam com pasmo as obras de Jesus, e ficavam convencidos de que nEle tinham cumprimento as profecias concernentes ao Messias. O pecado de profanação do templo cabia, em grande parte, aos sacerdotes. Fora por arranjos da parte deles

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