avatar
O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
InstalarEnglish
Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

Ler Audio pdf epub mobi EWG CPB

Pág. 164

que o pátio se transformara em mercado. O povo era relativamente inocente. Foi impressionado pela divina autoridade de Jesus; mas para ele a influência dos sacerdotes e principais era suprema. Estes consideravam a missão de Cristo como uma inovação, e punham em dúvida Seu direito de interferir naquilo que era permitido por autoridades do templo. Ofenderam-se por haver sido interrompido o comércio, e sufocaram as convicções originadas pelo Espírito Santo.

Mais que quaisquer outros, deviam os sacerdotes e principais ter visto que Jesus era o ungido do Senhor; pois tinham nas próprias mãos os rolos que Lhe descreviam a missão, e sabiam que a purificação do templo era uma manifestação de poder sobre-humano. A despeito de aborrecerem a Jesus, não se podiam eximir ao pensamento de que fosse um profeta enviado por Deus, para restaurar a santidade do templo. Com uma deferência nascida desse temor, a Ele se dirigiram com a indagação: "Que sinal nos mostras para fazeres isto?" João 2:18.

Jesus lhes mostrara um sinal. Fazendo com que a luz brilhasse no coração deles, e realizando em sua presença as obras que o Messias devia efetuar, dera convincentes provas de Seu caráter. Ora, ao pedirem um sinal, respondeu-lhes por meio de uma parábola, mostrando que lhes lia a malevolência, e via a que ponto esta os levaria. "Derribai este templo", disse, "e em três dias o levantarei". João 2:19.

Estas palavras encerravam um duplo sentido. Ele não Se referia somente à destruição do templo judaico e do culto, mas a Sua própria morte – a destruição do templo de Seu corpo. Esta os judeus estavam já tramando. Quando os sacerdotes e principais voltaram ao templo, haviam-se proposto matar Jesus, livrando-se assim do perturbador. Ao apresentar-lhes Ele seus desígnios, porém, não O compreenderam. Tomaram-Lhe as palavras como se aplicando ao templo de Jerusalém, e exclamaram com indignação: "Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e Tu o levantarás em três dias?" Acharam então que Jesus lhes justificara a incredulidade, e confirmaram sua rejeição dEle.

Não era intenção de Jesus que Suas palavras fossem compreendidas no momento pelos incrédulos judeus, nem mesmo pelos discípulos. Sabia que seriam torcidas pelos inimigos, e voltadas contra Ele próprio. Em Seu julgamento, seriam apresentadas como acusação, sendo-Lhe, no Calvário, arremessadas como insulto. Explicá-las, no entretanto, seria dar a conhecer aos discípulos

Página: 163165

Disponível também pela CPB