- O Desejado de Todas as Nações III. O Ungido
Betesda e o Sinédrio
Capítulo: 020 021022
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morte". Rom. 8:2. O domínio do mal é despedaçado e, pela fé, a alma é guardada do pecado. Aquele que abre o coração ao Espírito de Cristo, torna-se participante daquele grande poder que lhe fará o corpo ressurgir do sepulcro.
O humilde Nazareno afirma Sua real nobreza. Ergue-se acima da humanidade, atira de Si o disfarce do pecado e da injúria, e revela-Se – o Honrado dos anjos, o Filho de Deus, Um com o Criador do Universo. Seus ouvintes ficam fascinados. Homem algum já falou palavras como as Suas, nem se portou com tão régia majestade. Seus discursos são claros e positivos, declarando plenamente Sua missão, e o dever do mundo: "O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que O enviou. ... Porque, como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em Si mesmo. E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem." João 5:22-27.
Os sacerdotes e principais haviam-se arvorado em juízes, para condenar a obra de Cristo, mas Ele Se declarou juiz deles próprios, e de toda a Terra. O mundo foi confiado a Cristo, e por Seu intermédio tem vindo toda bênção de Deus à raça caída. Era o Redentor, tanto antes como depois da encarnação. Assim que existiu o pecado; houve um Salvador. Ele tem dado luz e vida a todos, e em harmonia com a medida da luz concedida, será cada um julgado. E aquele que tem comunicado a luz, que tem acompanhado a alma com as mais ternas súplicas, buscando atraí-la do pecado para a santidade, é ao mesmo tempo seu Advogado e Juiz. Desde o início do grande conflito no Céu, Satanás tem mantido sua causa por meio de engano; e Cristo tem trabalhado no sentido de lhe revelar as tramas, e derribar-lhe o poder. É Aquele que Se tem oposto ao enganador e, no decorrer de todos os séculos, Se tem empenhado por arrebatar os cativos de seu poder, que julgará cada pessoa.
E Deus "deu-Lhe poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem". Como Ele tenha provado as próprias fezes do cálice da aflição e tentação humanas, e compreenda as fragilidades e pecados dos homens; como tenha, em nosso favor, resistido vitoriosamente às tentações de Satanás, e lidará justa e ternamente com as almas para cuja salvação derramou o próprio sangue – o Filho do homem é indicado para exercer o juízo.
A missão de Cristo, porém, não era julgar, mas salvar. "Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o