- O Desejado de Todas as Nações IV. Dias Promissores
Não É Este o Filho do Carpinteiro?
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pretende, por que é tão modesto? Se estava satisfeito de não ter a força das armas, que seria da nação deles? Como poderiam o poder e a glória tão longamente antecipados, trazer as nações em submissão à cidade dos judeus? Não haviam os sacerdotes ensinado que Israel devia exercer domínio sobre a Terra? E seria possível que os grandes mestres religiosos laborassem em erro?
Mas não foi apenas a ausência de glória exterior na vida de Jesus que levou os judeus a rejeitá-Lo. Ele era a personificação da pureza, e eles eram impuros. Ele vivia entre os homens como exemplo de imaculada integridade. Sua vida irrepreensível projetava luz sobre o coração deles. Sua sinceridade lhes revelava a insinceridade. Ela manifestava o vazio de sua pretensa piedade, e mostrava-lhes a iniqüidade em seu odioso caráter. Essa luz era mal recebida.
Se Cristo houvesse chamado a atenção para os fariseus, e lhes exaltasse o saber e a piedade, tê-Lo-iam saudado com alegria. Mas quando lhes falou do reino do Céu como uma dispensação de misericórdia a toda a humanidade, estava a apresentar um aspecto da religião que eles não suportavam. Seu próprio exemplo e ensino nunca haviam sido de molde a tornar desejável o serviço de Deus. Ao verem Jesus dando atenção àqueles mesmos que odiavam e repeliam, isso lhes incitava as piores paixões no coração orgulhoso. Não obstante sua vanglória de que, sob o "Leão da tribo de Judá" (Apoc. 5:5) Israel seria exaltado à preeminência sobre todas as nações, teriam podido sofrer a decepção de suas ambiciosas esperanças, de preferência a suportar a reprovação de Cristo a seus pecados, e a repreensão que sentiam mesmo pela presença de Sua pureza.