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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Pág. 256

Aquele que vencera Satanás no deserto da tentação, foi novamente colocado face a face com Seu adversário. O demônio exercia todo o poder para reter o domínio sobre a vítima. Perder terreno aqui, seria dar a Jesus uma vitória. Dir-se-ia que o torturado homem devesse perder a vida na luta com o inimigo que fora a ruína de seu vigor varonil. Mas o Salvador falou com autoridade, e libertou o cativo. O homem que estivera possesso ali se achava perante o povo admirado, feliz na liberdade da posse de si mesmo. O próprio demônio testificara do poder do Salvador.

O homem louvou a Deus por seu livramento. Os olhos que havia pouco tanto tinham chispado sob a chama da loucura, brilhavam agora de inteligência, e inundavam-se de lágrimas de gratidão. O povo estava mudo de espanto. Assim que recobraram a fala, exclamavam uns para os outros: "Que palavra é esta? que nova doutrina é esta? pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles Lhe obedecem!" Mar. 1:27.

A causa oculta da aflição que tornara esse homem um terrível espetáculo a seus amigos e um fardo para si mesmo, achava-se em sua própria vida. Fora fascinado pelos prazeres do pecado, e pensara fazer da própria vida um grande carnaval. Não sonhava em se tornar um terror para o mundo, e uma vergonha para a família. Julgou poder gastar o tempo em extravagâncias inocentes. Uma vez no declive, porém, resvalou rapidamente. A intemperança e a frivolidade perverteram-lhe os nobres atributos da natureza, e Satanás tomou sobre ele inteiro domínio.

Demasiado tarde veio o remorso. Quando quis sacrificar fortuna e prazer para readquirir a perdida varonilidade, tornara-se incapaz nas garras do maligno. Colocara-se no terreno do inimigo, e Satanás tomara posse de todas as suas faculdades. O tentador o seduzira com muitas representações encantadoras; uma vez que o desgraçado se achava em seu poder, no entanto, tornara-se infatigável em sua crueldade, e terrível em suas iradas visitações. Assim será com todos quantos condescendem com o mal; o fascinante prazer do princípio de sua carreira termina nas trevas do desespero ou na loucura de uma alma arruinada.

O mesmo espírito mau que tentara a Cristo no deserto e, possuía o louco de Cafarnaum, dominava os incrédulos judeus. Para com eles, porém, assumia ar de piedade, buscando enganá-los quanto aos motivos que tinham em rejeitar o Salvador. Sua condição era mais desesperadora que a do endemoninhado; pois não sentiam necessidade de Cristo, sendo assim mantidos seguros sob o poder de Satanás.

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