- O Desejado de Todas as Nações IV. Dias Promissores
"Podes Tornar-me Limpo"
Capítulo: 026 027028
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contra Jesus. Além desses oficiais, apinhava-se a multidão mista – os sinceros, os reverentes, os curiosos e os incrédulos. Nacionalidades diversas, e todos os graus sociais se achavam representados. "E a virtude do Senhor estava com Ele para curar." O Espírito de vida pairava por sobre a assembléia, mas fariseus e doutores não Lhe discerniam a presença. Não experimentavam nenhum sentimento de necessidade, e a cura não era para eles. "Encheu de bens os famintos, e despediu vazios os ricos." Luc. 1:53.
Repetidamente procuraram os condutores do paralítico abrir caminho por entre a multidão, mas em vão. O enfermo olhava em derredor de si com indizível angústia. Quando o tão ansiado socorro tão perto estava, como poderia renunciar à esperança? Por sugestão sua, os amigos o levaram ao telhado e, abrindo um buraco no teto, baixaram-no aos pés de Jesus. O discurso foi interrompido. O Salvador contemplou o doloroso semblante, e viu os suplicantes olhos fixos nEle. Compreendeu; tinha atraído a Si aquele perplexo e duvidoso espírito. Enquanto o paralítico ainda se achava em casa, o Salvador infundira-lhe convicção na consciência. Quando se arrependera de seus pecados, e crera no poder de Jesus para o curar, as vitalizantes misericórdias do Salvador haviam começado a beneficiar-lhe o anelante coração. Jesus observara o primeiro lampejo de fé transformar-se em crença de que Ele era o único auxílio do pecador, e vira-o tornar-se mais e mais forte a cada novo esforço para chegar a Sua presença.
Agora, em palavras que soaram qual música aos ouvidos do enfermo, o Salvador disse: "Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados." Mat. 9:2.
O fardo de desespero cai da alma do doente; repousa-lhe no espírito a paz do perdão, brilhando-lhe no semblante. O sofrimento físico desaparece, e todo o seu ser é transformado. O impotente paralítico estava curados perdoado o culpado pecador!
Em fé singela aceitou as palavras de Jesus como o favor de uma nova vida. Não insiste em nenhum outro pedido, mas permanece em jubiloso silêncio, demasiado feliz para se exprimir em palavras. A luz do Céu irradiava-lhe da fisionomia, e o povo contemplava a cena com assombro.
Os rabis haviam esperado ansiosamente a ver que faria Jesus com esse caso. Lembravam-se de como o homem apelara para eles, em busca de auxílio, e lhe tinham recusado esperança ou simpatia. Não satisfeitos com isso, haviam declarado que estava sofrendo a maldição de Deus por causa de seus pecados. Tudo isso lhes acudiu novamente à lembrança ao verem o enfermo diante de si. Observaram o interesse com que todos contemplavam