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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Nomeou Doze
Capítulo: 029 030031
Pág. 295

e desígnios de Judas, e este não queria ceder suas idéias a fim de receber sabedoria do Céu.

Quão ternamente tratou o Salvador àquele que havia de ser Seu traidor! Em Seus ensinos, demorava-Se sobre os princípios de generosidade que feriam pela raiz a cobiça. Apresentava diante de Judas o odioso caráter da ganância, e muitas vezes compreendeu o discípulo que seu caráter fora descrito, apontado seu pecado; mas não queria confessar e abandonar sua injustiça. Era cheio de presunção e, em lugar de resistir à tentação, continuava em suas práticas fraudulentas. Cristo estava diante dele, exemplo vivo do que se devia tornar, caso colhesse o benefício da mediação e ministério divinos; mas lição após lição caiu desentendida aos ouvidos de Judas.

Jesus não lhe passou, por sua cobiça, nenhuma repreensão de molde a ferir, mas com divina paciência lidou com esse homem faltoso, mesmo quando lhe demonstrava que lia em seu coração como num livro aberto. Apresentou-lhe os mais altos incentivos para proceder retamente; e, rejeitando a luz do Céu, Judas não teria desculpa.

Ao invés de andar na luz, Judas preferiu conservar seus defeitos. Maus desejos, vingativas paixões, sombrios e maus pensamentos eram nutridos, até que Satanás tomou inteiro domínio sobre o homem. Judas tornou-se um representante do inimigo de Cristo.

Quando ele se pôs em contato com Jesus, tinha alguns preciosos traços de caráter que se poderiam haver tornado uma bênção para a igreja. Houvesse ele estado disposto a tomar o jugo de Cristo, e ter-se-ia contado entre os principais apóstolos; mas endureceu o coração quando lhe eram apontados os defeitos, e, orgulhosa e rebeldemente, preferiu suas próprias ambições egoístas, incapacitando-se assim para a obra que Deus lhe teria dado a fazer.

Todos os discípulos tinham sérias falhas de caráter quando Jesus os chamou ao Seu serviço. O próprio João, que chegou a ter mais íntimo convívio com o Manso e Humilde, não era de si mesmo dócil e submisso. Ele e seu irmão foram chamados "filhos do trovão". Mar. 3:17. Durante o tempo em que viveram com Jesus, todo menosprezo a Ele mostrado lhes despertava a indignação e a combatividade. Mau gênio, vingança, espírito de crítica, tudo se encontrava no discípulo amado. Era orgulhoso e ambicioso de ser o primeiro no reino de Deus. Mas dia a dia, em contraste com seu próprio espírito violento, contemplava a ternura e longanimidade de Jesus, e aprendia-Lhe as lições de humildade e paciência.

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