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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Quando Jesus foi despertado para enfrentar a tempestade, estava em perfeita paz. Nenhum indício de temor na fisionomia ou olhar, pois receio algum havia em Seu coração. Contudo, não era na posse da força onipotente que Ele descansava. Não era como o "Senhor da Terra, do mar e do Céu" que repousava em sossego. Esse poder, depusera-o Ele, e diz: "Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma." João 5:30. Confiava no poder de Seu Pai. Foi pela fé — no amor e cuidado de Deus — que Jesus repousou, e o poder que impôs silêncio à tempestade, foi o poder de Deus.

Como Jesus descansou pela fé no cuidado do Pai, assim devemos repousar no de nosso Salvador. Houvessem os discípulos confiado nEle, e ter-se-iam conservado calmos. Seu temor, no tempo do perigo, revelava-lhes a incredulidade. Em seu esforço para se salvarem a si mesmos, esqueceram a Jesus; e foi apenas quando, desesperando de si mesmos, se voltaram para Ele, que os pôde socorrer.

Quantas vezes se repete em nós a experiência dos discípulos Quando as tempestades das tentações se levantam, e fuzilam os terríveis relâmpagos, e as ondas se avolumam por sobre nossa cabeça, sozinhos combatemos contra a tormenta, esquecendo-nos de que existe Alguém que nos pode valer. Confiamos em nossa própria força até que nos foge a esperança, e vemo-nos prestes a perecer. Lembramo-nos então de Jesus, e se O invocarmos para nos salvar, não o faremos em vão. Embora nos reprove magoado a incredulidade e a confiança em nós mesmos, nunca deixa de nos conceder o auxílio de que necessitamos. Seja em terra ou no mar, se, temos no coração o Salvador, nada há a temer. A fé viva no Redentor serena o mar da vida, e Ele nos guardará do perigo pela maneira que sabe ser a melhor.

Outra lição espiritual há neste milagre de acalmar a tempestade. A vida de todo homem testifica da veracidade das palavras da Escritura: "Os ímpios são como o mar bravo, que se não pode aquietar. ... Os ímpios, diz o meu Deus, não têm paz." Isa. 57:20 e 21. O pecado destruiu-nos a paz. E enquanto o eu não é subjugado, não podemos encontrar repouso. As paixões dominantes do coração, poder algum humano pode sujeitar. Somos aí tão impotentes, quanto os discípulos para acalmar a esbravejante tempestade. Mas Aquele que mandou aquietarem-se as ondas da Galiléia, proferiu para cada alma a palavra de paz. Por mais furiosa que seja a tormenta, os que para Jesus se volverem com o grito: "Senhor, salva-nos", encontrarão livramento. Sua graça, que reconcilia a alma com Deus, acaba com a luta da paixão humana, e em Seu amor encontra paz o coração. "Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as

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