- O Desejado de Todas as Nações V. Adensam-se as Sombras
O Verdadeiro Sinal
Capítulo: 043 044045
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os alimentos que tinham. Jesus não os queria despedir com fome, e chamou os discípulos para que lhes dessem alimento. Novamente manifestaram sua incredulidade. Viram em Betsaida como, com a bênção de Cristo, o pouco que tinham dera para alimentar a multidão; todavia, não Lhe foram levar agora a pequena provisão, confiando em Seu poder para multiplicá-la, a fim de alimentar o povo faminto. Demais, os que Ele alimentara em Betsaida, eram judeus; estes eram gentios e pagãos. O preconceito judaico era ainda forte no coração dos discípulos, e responderam a Jesus: "De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?" Mar. 8:4. Obedientes à Sua palavra, no entanto, trouxeram-Lhe o que havia – sete pães e uns poucos de peixinhos. A multidão foi alimentada, ficando sete grandes cestos cheios das sobras. Quatro mil homens, além de mulheres e crianças, foram assim revigorados, e Jesus os despediu cheios de alegria e reconhecimento.
Tomando então um barco em companhia dos discípulos, dirigiu-Se a Magdala, do outro lado do lago, no extremo sul da planície de Genesaré. Nas fronteiras de Tiro e Sidom, fora Seu espírito refrigerado pela sincera confiança da mulher siro-fenícia. O povo pagão de Decápolis O recebera com alegria. Agora, ao desembarcar mais uma vez na Galiléia, onde se realizara a maior parte de Suas obras de misericórdia, e tiveram lugar os Seus ensinos, foi Ele recebido com desdenhosa incredulidade.
A uma delegação de fariseus, unira-se uma representação de ricos e altivos saduceus, o partido dos sacerdotes, dos cépticos e aristocratas da nação. As duas seitas haviam estado em feroz inimizade. Os saduceus cortejavam o favor do poder dominante, a fim de manter a própria posição e autoridade. Os fariseus, por outro lado, fomentavam o ódio popular contra os romanos, ansiando o tempo em que lhes fosse dado sacudir de si o jugo do vencedor. Mas fariseus e saduceus uniram-se agora contra Cristo. Os semelhantes atraem-se; onde quer que exista um mal, liga-se com o mal para destruição do bem.