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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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severas repreensões que já Lhe caíram dos lábios: "Para trás de Mim, Satanás, que Me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens." Mat. 16:23.

Satanás buscava desanimar a Jesus e desviá-Lo de Sua missão; e Pedro, em seu cego amor, estava sendo o porta-voz da tentação. O príncipe das trevas fora o autor do pensamento. Por trás daquele impulsivo apelo, achava-se sua instigação. No deserto Satanás oferecera a Cristo o domínio do mundo, sob a condição de abandonar a vereda da humilhação e do sacrifício. Apresentava agora a mesma tentação ao discípulo de Cristo. Estava procurando fazer Pedro fixar o olhar na glória terrestre, para que não visse a cruz a que o Salvador lhe desejava atrair os olhos. E, por intermédio de Pedro, Satanás novamente insistia na tentação contra Jesus. Mas Ele não lhe deu ouvidos; pensava no discípulo. Satanás interpusera-se entre Pedro e seu Mestre, para que o coração do discípulo não fosse tocado ante a visão da humilhação de Cristo por ele. As palavras de Cristo foram dirigidas, não a Pedro, mas àquele que o estava tentando separar do Redentor. "Para trás de Mim, Satanás." Mat. 16:23. Não te continues a interpor entre Mim e Meu errado servo. Deixa-Me estar face a face com Pedro, para que lhe possa revelar o ministério do Meu amor.

Foi para Pedro uma lição amarga, lição que não aprendeu senão vagarosamente, essa de que a estrada de Jesus na Terra se estendia através de agonias e humilhações. O discípulo recuava da comunhão com o Senhor nos sofrimentos. Mas no ardor da fornalha havia ele de descobrir-lhe as bênçãos. Muito tempo depois, quando sua figura ativa se achava curvada ao peso dos anos e labores, escreveu: "Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis e alegreis." I Ped. 4:12 e 13.

Jesus explicou então aos discípulos que Sua própria vida de abnegação era um exemplo do que a deles deveria ser. Chamando para junto de Si os discípulos e o povo que O estivera rodeando, disse: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mat. 16:24. A cruz estava associada ao poder de Roma. Era o instrumento da mais cruel e humilhante forma de morte. Exigia-se dos mais vis criminosos que levassem a cruz ao lugar da execução; e muitas vezes, quando lhe iam colocar nos ombros, resistiam com desesperada violência, até que fossem subjugados e o instrumento de tortura sobre eles posto.

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