- O Desejado de Todas as Nações V. Adensam-se as Sombras
Quem É o Maior
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por seu espírito fará o mesmo. Assim serão inevitáveis a separação, a discórdia e a contenda. O domínio torna-se o prêmio do mais forte. O reino de Satanás é um reino de força; cada indivíduo considera todos os outros como obstáculo no caminho de seu próprio progresso, ou um degrau sobre o qual pode subir para chegar a uma posição mais elevada.
Enquanto Lúcifer reputava o ser igual a Deus uma coisa de que se devesse apoderar, Cristo, o Exaltado, "aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz". Filip. 2:7 e 8. Agora a cruz se achava justamente diante dEle; e Seus próprios discípulos estavam tão cheios de interesse egoísta – o próprio princípio do reino de Satanás – que não lhes era possível encher-se de compassivo interesse para com seu Senhor, ou mesmo compreendê-Lo ao falar de Sua humilhação por eles.
Mui ternamente, mas com solene acento, Jesus procurou corrigir o mal. Mostrou qual o princípio que domina no reino do Céu, e em que consiste a verdadeira grandeza, segundo a estimativa das normas do alto. Os que eram atuados por orgulho e amor de distinções, estavam pensando em si mesmos e nas recompensas que deveriam obter, em vez de cuidar em como devolver a Deus os benefícios recebidos. Eles não teriam lugar no reino do Céu, pois achavam-se identificados com as fileiras de Satanás.
Diante da honra vai a humildade. Para ocupar um elevado cargo diante dos homens, o Céu escolhe o obreiro que, como João Batista, assume posição humilde em face de Deus. O mais infantil dos discípulos é o mais eficiente no trabalho para Deus. Os seres celestes podem cooperar com aquele que busca não se exaltar a si mesmo, mas salvar almas. Aquele que mais profundamente sente sua necessidade de auxílio divino, há de pedi-lo; e o Espírito Santo lhe dará vislumbres de Jesus que lhe fortalecerão e elevarão a alma. Da comunhão com Cristo sairá ele para trabalhar pelos que estão perecendo em seus pecados. Está ungido para sua missão; e é bem- sucedido onde muitos instruídos e intelectualmente sábios fracassariam.
Mas quando os homens se exaltam a si mesmos, sentindo que são uma necessidade para o êxito do grande plano de Deus, o Senhor faz com que sejam postos de lado. Torna-se evidente que o Senhor não depende deles. A obra não se detém por causa de seu afastamento da mesma, mas vai avante com maior poder.