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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Pág. 450

Quando os filhos de José faziam seus preparativos para assistir à festa dos tabernáculos, viram que Cristo não dava nenhum passo que Lhe indicasse a intenção de a ela assistir. Observavam-nO com ansiedade. Desde a cura de Betesda, Ele não concorrera mais às reuniões nacionais. Para evitar inúteis conflitos com os chefes em Jerusalém, restringira Seus labores à Galiléia. Seu aparente desprezo das grandes assembléias religiosas e a inimizade para com Ele manifestada pelos sacerdotes e rabis, eram causa de perplexidade para os que O rodeavam, mesmo os próprios discípulos e parentes. Acentuara em Seus ensinos as bênçãos da obediência à lei de Deus e, não obstante, parecia Ele próprio ser indiferente ao serviço divinamente estabelecido. O misturar-Se com publicanos e outros de má reputação, Seu menosprezo pelas observâncias dos rabis e a liberdade com que punha de lado as exigências tradicionais quanto ao sábado, tudo parecendo colocá-Lo em antagonismo com as autoridades religiosas, despertava muita indagação. Seus irmãos pensavam ser um erro de Sua parte alienar de Si os grandes e doutos da nação. Achavam que esses homens deviam ter razão, e que era erro de Jesus colocar-Se em oposição aos mesmos. Tinham, porém, testemunhado Sua vida irrepreensível e, conquanto não se classificassem entre Seus discípulos, haviam sido profundamente impressionados por Suas obras. A popularidade dEle na Galiléia aprazia-lhes às ambições; ainda esperavam que desse um testemunho de poder que levasse os fariseus a ver que era o que pretendia ser. Que seria se Ele fosse o Messias, o Príncipe de Israel! Nutriam esse pensamento com ufana satisfação.

Tão ansiosos estavam a esse respeito, que insistiram com Cristo em que fosse a Jerusalém. "Sai daqui", disseram, "e vai para a Judéia, para que também os Teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça alguma coisa em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-Te ao mundo." João 7:3 e 4. O "se" manifestava dúvida e incredulidade. Atribuíam a Cristo fraqueza e covardia. Se Ele sabia ser o Messias, por que essa estranha reserva e inação? Se possuía na verdade esse poder, por que não ir ousadamente a Jerusalém e afirmar Seus direitos? Por que não realizar em Jerusalém as maravilhosas obras que dEle se contavam na Galiléia? Não Te ocultes em retiradas províncias, diziam, fazendo Tuas poderosas obras em benefício de ignorantes camponeses e pescadores. Apresenta-Te na capital, conquista o apoio dos sacerdotes e principais, e une a nação no estabelecimento do novo reino.

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