- O Desejado de Todas as Nações VII. Aproxima-se o Fim
A Lei do Novo Reino
Capítulo: 059 060061
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Novamente o conflito acerca de quem deveria ser o maior estava a ponto de se renovar, quando Jesus, chamando-os a Si, disse aos indignados discípulos: "Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim."
Nos reinos do mundo, a posição implicava em engrandecimento próprio. Supunha-se que o povo existia para benefício das classes dominantes. Influência, fortuna, educação eram outros tantos meios de empolgar as massas para proveito dos dirigentes. As classes mais altas deviam pensar, decidir, gozar e dominar; às mais humildes cumpria obedecer e servir. A religião, como tudo mais, era uma questão de autoridade. Do povo esperava-se que acreditasse e procedesse segundo a direção de seus superiores. O direito do homem como homem – pensar e agir por si mesmo – era inteiramente postergado.
Cristo estava estabelecendo um reino sobre princípios diversos. Chamava os homens, não à autoridade, mas ao serviço, os fortes a sofrer as fraquezas dos fracos. Poder, posição, talento, educação colocavam seus possuidores sob maior dever de servir aos semelhantes. Ainda ao mais humilde dos discípulos de Cristo, é dito: "Tudo isto é por amor de vós." II Cor. 4:15.
"O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a Sua vida em resgate de muitos." Entre Seus discípulos, Cristo era em todos os sentidos Aquele sobre quem repousavam os cuidados e responsabilidades. Partilhava da pobreza deles, exercia abnegação em seu benefício, ia adiante deles para lhes aplainar os mais ásperos caminhos e deveria consumar em breve Sua obra terrestre, entregando a própria vida. O princípio sobre que Ele agia deve atuar nos membros da igreja, que é Seu corpo. O plano e a base da salvação são amor. No reino de Cristo, são maiores os que seguem o exemplo por Ele dado e procedem como pastores de Seu rebanho.
As palavras de Paulo revelam a verdadeira dignidade e honra da vida cristã: "Sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos" (I Cor. 9:19), "não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar." I Cor. 10:33.
Em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre. Ninguém deve controlar o espírito de outro, julgar por outro, ou prescrever-lhe o dever. Deus dá a toda alma liberdade de pensar, e seguir suas próprias convicções. "Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus." Rom. 14:12. Ninguém tem direito de imergir sua individualidade na de outro. Em tudo quanto envolve princípios,