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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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os levou a olhar com desconfiança a dedicação de Maria. E em volta da mesa passou a murmuração: "Para que é este desperdício? Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres." Mat. 26:8 e 9.

Maria ouviu as palavras de crítica. O coração tremeu-lhe no peito. Temeu que a irmã a repreendesse por seu desperdício. Talvez o Mestre também a julgasse imprevidente. Sem se justificar ou apresentar desculpa, estava para se esquivar dali, quando se ouviu a voz de Seu Senhor: "Deixai-a, para que a molestais?" Viu que ela estava embaraçada e aflita. Sabia que nesse ato de serviço exprimira gratidão pelo perdão de seus pecados, e acalmou-lhe o espírito. Erguendo a voz acima dos murmúrios da crítica, disse: "Ela fez-Me boa obra. Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a Mim nem sempre Me tendes. Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o Meu corpo para a sepultura." Mar. 14:6-8.

A fragrante oferenda que Maria pensara prodigalizar ao corpo inanimado do Salvador, vasou-a ela sobre Ele vivo. No sepultamento, seu aprazível odor não poderia impregnar senão o túmulo; agora, alegrou-Lhe o coração com a certeza de sua fé e amor. José de Arimatéia e Nicodemos não ofereceram suas dádivas de amor a Jesus em vida. Com amargo pranto levaram suas custosas especiarias ao frio e inconsciente corpo. As mulheres que levaram especiarias ao sepulcro, em vão o fizeram, pois verificaram ter Ele ressuscitado. Mas Maria, extravasando o seu amor sobre o Salvador enquanto Ele tinha conhecimento da dedicação dela, estava-O preparando para Seu sepultamento. E, ao baixar à treva de Sua grande prova, levou consigo a lembrança desse ato, penhor do amor que Seus remidos Lhe votariam para sempre.

Muitos há que levam aos mortos preciosos dons. De pé, ao lado da querida figura para sempre silenciosa, proferem abundantes palavras de amor. Ternura, apreço, dedicação, tudo é prodigalizado àquele que já não vê nem ouve. Houvessem essas palavras sido ditas quando o fatigado espírito tanto delas necessitava; quando o ouvido as apreenderia e o coração as podia sentir, quão precioso teria sido o seu perfume!

Maria não sabia toda a significação de seu ato de amor. Não podia responder a seus acusadores. Não saberia explicar por que escolhera aquela ocasião para ungir a Jesus. O Espírito Santo planejara por ela, e ela Lhe obedecera às sugestões. A inspiração não se detém para dar o motivo. Presença invisível, fala ela à mente e à alma, e move o coração para agir. Ela é sua própria justificação.

Cristo explicou a Maria o significado de seu ato, e com isso deu

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