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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Pág. 565

A obra de Maria era exatamente a lição que os discípulos necessitavam, para mostrar-lhes que seriam aprazíveis a Cristo as expressões de amor por parte deles. Jesus fora-lhes tudo e não percebiam que em breve seriam privados de Sua presença, que dentro em pouco não lhes seria dado oferecer-Lhe nenhum sinal de reconhecimento por Seu grande amor. A solidão de Cristo, separado das cortes celestiais, vivendo a vida da humanidade, nunca a compreenderam nem apreciaram devidamente os discípulos. Foi muitas vezes magoado, porque não Lhe dispensavam aquilo que deles deveria ter recebido. Sabia que, estivessem sob a influência dos anjos celestiais que O acompanhavam, também haviam de considerar que nenhuma dádiva era de suficiente valor para exprimir o espiritual afeto do coração.

Seu conhecimento posterior deu-lhes o verdadeiro sentimento quanto às muitas coisas que poderiam ter feito para Jesus, exprimindo o amor e o reconhecimento de seu coração, enquanto Lhe estavam ao lado. Quando não mais Jesus Se achava entre eles, e se sentiam na verdade como ovelhas sem pastor, começavam a ver como poderiam ter manifestado para com Ele atenções que Lhe teriam alegrado o coração. Não mais então censuraram a Maria, mas a si mesmos. Oh! se lhes fosse dado retirar sua crítica, e apresentarem os pobres como mais dignos da oferenda do que Jesus! Sentiram vivamente a reprovação, ao tirarem da cruz o ferido corpo de seu Senhor.

A mesma falta se manifesta hoje, em nosso mundo. Poucos somente apreciam o que Cristo é para eles. Fizessem-no, no entanto, e o grande amor de Maria seria expressado, a unção liberalmente feita. Não seria considerado desperdício o custoso ungüento. Coisa alguma se reputaria demasiado preciosa para Cristo, nenhuma abnegação nem sacrifício grande demais para ser suportado por amor dEle.

As palavras proferidas em indignação: "Por que é este desperdício?" (Mat. 26:8) recordaram vividamente a Cristo o maior sacrifício já feito – o dom de Si mesmo como propiciação por um mundo perdido. O Senhor seria tão generoso para com a família humana, que não se poderia dizer que Lhe era possível fazer mais. No dom de Jesus, Deus deu todo o Céu. Sob o ponto de vista humano, esse sacrifício era um espantoso desperdício. Para o raciocínio humano todo o plano de salvação é um desperdício de misericórdias e recursos. Encontramos por toda parte abnegação e sacrifício feito com toda a alma. Bem podem as hostes celestiais contemplar, com assombro, a família humana que recusa ser erguida e enriquecida com o ilimitado amor expresso em Cristo. Bem podem elas exclamar: por que este grande desperdício?

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