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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Conflito
Capítulo: 065 066067
Pág. 604

tornaram-se confusos. A morte viera a ser para eles inexplicável mistério. Sua incapacidade para enfrentar os argumentos dos saduceus dava lugar a contínua irritação. Das discussões entre as duas facções resultavam de ordinário zangadas disputas, deixando-os mais distanciados que antes.

Os saduceus ficavam, em número, muito abaixo de seus oponentes, e não mantinham tão forte domínio sobre o povo comum; mas muitos deles eram ricos e possuíam a influência proporcionada pela fortuna. Em suas fileiras achavam-se incluídos os sacerdotes na sua maior parte, e dentre eles era em geral escolhido o sumo sacerdote. Isso acontecia, entretanto, com a expressa estipulação de não salientarem suas cépticas opiniões. Em razão do número e da popularidade dos fariseus, era necessário aos saduceus condescender exteriormente com suas doutrinas ao exercerem qualquer ofício sacerdotal; mas o próprio fato de serem elegíveis para esses cargos emprestava força a seus erros.

Os saduceus rejeitaram os ensinos de Jesus; Ele era animado por um espírito que não queriam reconhecer tal como se manifestava; e Seus ensinos quanto a Deus e à vida futura contradiziam-lhes as teorias. Acreditavam em Deus como o único ser superior ao homem; mas argumentavam que uma providência que tudo rege e uma previsão divina privariam o homem da liberdade moral, degradando-o à posição de um escravo. Era crença deles que, criando o homem, Deus o deixara livre para dirigir sua própria vida e moldar os acontecimentos do mundo; que o destino deles estava em suas próprias mãos. Negavam que o Espírito de Deus opera por meio dos esforços humanos ou de meios naturais. Todavia, mantinham ainda a opinião de que, pelo devido emprego das faculdades naturais, podia o homem elevar-se e esclarecer-se; que, por meio de rigorosas e austeras exações, sua vida se podia purificar.

Suas idéias de Deus moldavam-lhes o caráter. Como, segundo seu ponto de vista, Ele não Se interessava no homem, tinham pouca consideração uns para com os outros; pouca também era a união entre eles. Recusando-se a aceitar a influência do Espírito Santo sobre a conduta humana, faltava-lhes na vida Seu poder. Como o restante dos judeus, vangloriavam-se muito de seu direito de nascimento como filhos de Abraão e de sua estrita aderência às reivindicações da lei; mas do verdadeiro espírito da lei, da fé e da benevolência de Abraão, eram destituídos. Suas simpatias naturais estavam encerradas num estreito âmbito. Acreditavam possível a todo homem adquirir os confortos e bênçãos

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