- O Desejado de Todas as Nações VII. Aproxima-se o Fim
Um Destes Meus Pequeninos Irmãos
Capítulo: 069 070071
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Os anjos celestiais são enviados para servir os que hão de herdar a salvação. Não sabemos agora quem são eles; ainda não é manifesto quem vencerá e participará da herança dos santos na luz; mas anjos do Céu estão atravessando a Terra de alto a baixo, de lado a lado, buscando confortar os tristes, proteger os que estão em perigo, conquistar o coração dos homens para Cristo. Ninguém é negligenciado ou deixado à margem. Deus não faz acepção de pessoas, e tem igual cuidado pelas almas que criou.
Ao abrirdes a porta aos necessitados e sofredores de Cristo, estais acolhendo anjos invisíveis. Convidais a companhia de seres celestiais. Eles trazem uma sagrada atmosfera de alegria e paz. Vêm com louvores nos lábios, e uma nota correspondente se ouve no Céu. Todo ato de misericórdia promove música ali. O Pai, em Seu trono, conta os abnegados obreiros entre Seus mais preciosos tesouros.
Os que estão à esquerda de Cristo, os que O negligenciaram na pessoa dos pobres e sofredores, estavam inconscientes de sua culpa. Satanás os cegara; não perceberam o que deviam a seus irmãos. Estiveram absorvidos consigo mesmos, e não cuidaram das necessidades dos outros.
Deus deu aos ricos fortuna para que socorram e confortem Seus filhos sofredores; mas demasiadas vezes são indiferentes às privações dos demais. Sentem-se superiores a seus irmãos pobres. Não se colocam no lugar deles. Não compreendem suas tentações e lutas, e a misericórdia extingue-se-lhes no coração. Em custosas habitações e esplêndidas igrejas, os ricos excluem-se dos pobres, e os meios dados por Deus, para beneficiar os necessitados, são gastos em ostentação, orgulho e egoísmo. Os pobres são diariamente roubados quanto à educação que deviam ter a respeito das ternas misericórdias de Deus; pois Ele tomou amplas providências para que fossem confortados com o indispensável à vida. São forçados a sofrer a pobreza que limita a existência, sendo muitas vezes tentados a ficar invejosos, ciumentos e cheios de ruins suspeitas. Os que não sofreram, por sua parte, a pressão das necessidades, freqüentemente tratam os pobres com menosprezo, fazendo-lhes sentir que são considerados indigentes.
Mas Cristo contempla tudo isso e diz: Fui Eu que tive fome e sede. Fui Eu que andei como estrangeiro. Fui Eu o enfermo. Eu que estive na prisão. Enquanto vos banqueteáveis em vossa lauta mesa, Eu Me achava faminto na choupana ou no desabrigo das ruas. Ao vos encontrardes à vontade em vossa luxuosa habitação, Eu não tinha onde reclinar a cabeça. Quando apinháveis o