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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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pelos romanos. Também era preciso achar uma acusação que O condenasse aos olhos dos judeus. Não poucos entre os sacerdotes e príncipes ficaram convencidos, pelos ensinos de Cristo; unicamente o temor da excomunhão os impedira de confessá-Lo. Os sacerdotes bem se lembravam da pergunta de Nicodemos: "Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?" João 7:51. Essa pergunta interrompera na ocasião o conselho, e estorvara-lhes os planos. José de Arimatéia e Nicodemos não foram então chamados, mas havia outros que talvez ousassem falar em favor da justiça. O julgamento devia ser dirigido de maneira a unir contra Cristo os membros do Sinédrio. Duas acusações desejavam os sacerdotes manter. Se se pudesse provar que Jesus era blasfemo, seria condenado pelos judeus. Se culpado de sedição, isso garantiria a condenação por parte dos romanos. A segunda acusação procurou Anás estabelecer em primeiro lugar. Interrogou a Cristo quanto a Seus discípulos e Suas doutrinas, esperando que o Prisioneiro dissesse qualquer coisa que lhe fornecesse base para agir. Pensava tirar alguma declaração, provando que Ele estava procurando fundar uma sociedade secreta, com o intuito de estabelecer um novo reino. Então os sacerdotes O poderiam entregar aos romanos como perturbador da paz e cabeça de insurreição.

Cristo lia claramente os desígnios do sacerdote. Como se lesse no mais íntimo da alma do que O interrogava, negou que houvesse entre Ele e Seus seguidores qualquer união secreta, ou que os reunisse em segredo e nas trevas para ocultar Seus desígnios. Não tinha segredos quanto a Seus intuitos ou doutrinas. "Eu falei abertamente ao mundo", respondeu Ele; "Eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto." João 18:20.

O Salvador punha em contraste Sua maneira de agir, com os métodos de Seus acusadores. Durante meses O perseguiram, procurando enlaçá-Lo e levá-Lo perante um tribunal secreto, onde poderiam obter por falso juramento o que era impossível conseguir por meios justos. Agora levavam a efeito seus desígnios. A prisão à meia-noite por meio de uma turba, as zombarias e maus-tratos antes de Ele ser condenado, ou sequer acusado, era a maneira de eles procederem, não a Sua. O ato que praticavam era uma violação da lei. Suas próprias leis declaravam que um homem devia ser tratado como inocente até se provar culpado. Em face de seus próprios regulamentos, eram os sacerdotes condenados.

Voltando-Se para aquele que O interrogava, disse Jesus: "Para que Me perguntas a Mim?" Não haviam os sacerdotes e príncipes enviado espias para Lhe observar os movimentos, e relatar

Página: de Caifás700

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