- Educação III. O Mestre dos Mestres
Uma Ilustração de Seus Métodos
Capítulo: 008 009010
Pág. 87
Pedro, Tiago e João procuravam toda oportunidade de entrar em íntimo contato com seu Mestre, e seu desejo era satisfeito. Dentre os doze, sua relação para com Ele era mais íntima. João poderia satisfazer-se apenas com uma intimidade ainda maior, e isto ele obteve. Naquela primeira conversa ao lado do Jordão, quando André, tendo ouvido a Jesus, correu a chamar seu irmão, João estava sentado em silêncio, extasiado na meditação de maravilhosos assuntos. Seguiu o Salvador, sempre como um ouvinte ávido e embevecido. Entretanto, o caráter de João não era irrepreensível. Ele não era um entusiasta gentil, sonhador. Ele e seu irmão foram chamados "Filhos do trovão". Mar. 3:17. João era orgulhoso, ambicioso e de espírito combativo; mas por sob tudo isto o divino Mestre divisou o coração ardente, sincero e amante. Jesus censurou-lhe o egoísmo, frustrou-lhe as ambições, provou-lhe a fé. Revelou-lhe, porém, aquilo por que sua alma anelava - a beleza da santidade, Seu amor transformador. Disse Ele: "Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me deste." João 17:6.
A natureza de João anelava amor, simpatia e companhia. Ele se achegava a Jesus, sentava-se a Seu lado, recostava-se-Lhe ao peito. Assim como a flor sorve o orvalho e a luz, bebia ele da luz e vida divinas. Contemplou o Salvador em adoração e amor, até que a semelhança de Cristo e comunhão com Ele se tornaram seu único desejo, e em seu caráter se refletiu o caráter do Mestre.
"Vede", disse ele, "quão grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que,