- Educação III. O Mestre dos Mestres
Uma Ilustração de Seus Métodos
Capítulo: 008 009010
Pág. 89
estendera para salvar, quando as ondas estavam a ponto de arrebatar a Pedro, assim o Seu amor se estendeu para o seu livramento quando as profundas águas lhe rolaram sobre a alma. Repetidas vezes, à borda da ruína, as palavras orgulhosas de Pedro o trouxeram mais e mais próximo da extremidade. Repetidas vezes fizera-lhe o aviso de que ele negaria conhecê-Lo. (Luc. 22:34.) Foi o coração angustiado e amante do discípulo que proferiu esta confissão: "Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte" (Luc. 22:33); e Aquele que lê os corações deu a Pedro a mensagem, então pouco apreciada, mas que nas trevas prestes a cair lançaria um raio de esperança: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos." Luc. 22:31 e 32.
Quando no tribunal as palavras de negação foram proferidas; e quando o amor e a lealdade de Pedro, despertados pelo olhar de piedade, amor e tristeza do Salvador, o fizeram sair para o jardim onde Cristo havia chorado e orado; e quando suas lágrimas de remorso caíam sobre o solo que fora umedecido com as gotas de sangue de Sua agonia, então as palavras do Salvador - "Roguei por ti; ... quando te converteres, fortalece os teus irmãos" - foram-lhe um arrimo para a alma. Cristo, conquanto previsse o seu pecado, não o abandonara ao desespero.
Se o olhar de Jesus, lançado sobre ele, houvesse expressado condenação em lugar de piedade; se ao predizer o pecado tivesse Ele deixado de falar em esperança, quão densas não teriam sido as trevas que cobririam a Pedro! Quão irreprimível o desespero daquela pessoa torturada! Naquela hora de angústia e de desgosto de si próprio, que poderia detê-lo de ir pelo caminho trilhado por Judas?