- Educação VII. A Formação do Caráter
Comportamento
Capítulo: 026 027028
Pág. 241
Há o perigo de se dar demasiado valor às simples maneiras ou formas, e dedicar tempo excessivo à educação neste particular. A vida de acérrimos esforços exigida de cada jovem, o trabalho árduo e muitas vezes desmedido que os deveres comuns da vida reclamam e, muito mais, o que é necessário para se suavizar o pesado fardo de ignorância e miséria que há no mundo - tudo isto deixa pouco lugar para formalidades.
Muitos que dão grande valor à etiqueta, mostram pouco respeito a tudo que, apesar de excelente, deixe de corresponder à sua norma artificial. Isto significa educação falsa. Alimenta um orgulho crítico e um exclusivismo tacanho.
A essência da verdadeira polidez é a consideração para com os outros. A educação essencial e duradoura é a que alarga a simpatia, favorece a afabilidade universal. Aquela pretensa cultura que não torna o jovem atencioso para com seus pais, fazendo-o apreciador de suas boas qualidades, indulgente para com seus defeitos, e útil às suas necessidades, e que o não torna ponderado e escrupuloso, generoso e útil aos jovens, idosos e infelizes, e também cortês para com todos - é um fracasso.
O verdadeiro requinte nos pensamentos e maneiras aprende-se melhor na escola do divino Mestre do que por qualquer observância de regras estabelecidas. Seu amor, penetrando no coração, dá ao caráter aquele contato purificador que o modela à semelhança do Seu. Esta educação comunica uma dignidade inspirada pelo Céu e um senso das verdadeiras conveniências. Proporciona uma doçura de índole e gentileza de maneiras que nunca poderão ser igualadas pelo verniz superficial dos costumes da sociedade.
A Bíblia recomenda a cortesia, e apresenta muitas ilustrações do espírito abnegado, das graças gentis,