- Educação VIII. Os Mestres Subalternos
Cooperação
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proporciona um duplo benefício. Muitos pais absorvidos nos trabalhos e cuidados, perdem de vista suas oportunidades de influenciar para o bem a vida de seus filhos. Muito poderá fazer o professor para despertar esses pais às suas possibilidades e privilégios. Encontrará outros, a quem o senso de sua responsabilidade é um grande peso, tão ansiosos se acham eles de que seus filhos se tornem homens e mulheres bons e úteis. Freqüentemente o professor pode auxiliar a estes pais a suportar esse peso e, aconselhando-se mutuamente, professor e pais animar-se-ão, fortalecer-se-ão.
Na educação doméstica dos jovens, o princípio da cooperação é inestimável. Desde os mais tenros anos as crianças devem ser levadas a entender que são parte da firma doméstica. Mesmo os pequeninos devem ser ensinados a participar do trabalho diário, e cumpre fazer com que vejam ser o seu auxílio necessário e apreciado. Os mais idosos devem ser os ajudantes dos pais, tomando parte em seus planos, e partilhando de suas responsabilidades e encargos. Tomem os pais e as mães tempo para ensinar os filhos, mostrem que apreciam o auxílio deles, desejam sua confiança e gostam de sua companhia; e as crianças não serão tardias em corresponder. Não somente isto suavizará o encargo dos pais, e receberão as crianças um ensino prático de valor inestimável, mas também haverá fortalecimento dos laços domésticos e consolidação dos próprios fundamentos do caráter.
A cooperação deve ser o espírito da sala de aulas, a lei de sua vida. O professor que adquire a cooperação de seus discípulos consegue um auxílio imprescindível na manutenção da ordem. Nos serviços da sala de aula muitos rapazes, cujo estado irrequieto acarreta desordem e insubordinação, encontrariam vazão à sua energia supérflua. Que os mais velhos ajudem aos mais novos, os fortes aos fracos; e, quanto possível, seja cada