- Fundamentos da Educação Cristã
Cristo Como Mestre
Capítulo: 030 031032
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menor sombra de dúvida em Suas declarações. Ele falava como quem entende todas as partes do assunto. Poderia haver desvendado mistérios que patriarcas e profetas almejavam perscrutar, que a curiosidade humana desejara ansiosamente compreender. Porém, se os homens não conseguiam discernir as verdades mais simples e expostas de maneira bem clara, como poderiam compreender os mistérios que se achavam ocultos aos olhos mortais? Jesus não recusava repetir antigas verdades familiares, pois era o Autor dessas verdades. Ele era a glória do templo. Separou do erro verdades que haviam sido perdidas de vista, que tinham sido desvirtuadas e mal-empregadas e que foram desligadas de sua posição correta; apresentando-as como preciosas jóias em seu brilho, tornou a colocá-las em seu devido engaste, e ordenou que permanecessem firmes para todo o sempre. Que obra foi essa! Era de tal natureza que o homem finito não podia compreendê-la ou realizá-la. Somente a Mão divina podia pegar a verdade que, em sua ligação com o erro, estivera favorecendo a causa do inimigo de Deus e do homem, e colocá-la onde pudesse glorificar a Deus e ser a salvação da humanidade. A obra de Cristo consistiu em restituir ao mundo a verdade em seu viço e beleza originais. Ele representava o espiritual e celeste pelas coisas da Natureza e da experiência. Dava o tenro maná à alma faminta e apresentava um novo reino a ser estabelecido entre os homens.
Os rabinos expunham os requisitos da lei como uma enfadonha rotina de exigências. Eles faziam exatamente o que Satanás está fazendo em nossos dias: apresentavam a lei ao povo como frio e rígido código de preceitos e tradições. As superstições encobriam a luz, a glória, a dignidade e os reclamos de grande alcance da lei de Deus. Professavam falar ao povo em lugar de Deus. Depois da transgressão de Adão, o Senhor não falou mais diretamente com o homem; a humanidade foi entregue nas mãos de Cristo, e toda comunicação ao mundo foi efetuada por Seu intermédio. Foi Cristo que proferiu a lei no Monte