- O Grande Conflito I. O Destino do Mundo
A Influência de um Bom Lar
Capítulo: 006 007008
Pág. 130
seguinte na Universidade, contra todos os que achassem conveniente atacá-las.
Suas proposições atraíram a atenção geral. Eram lidas e relidas, e repetidas de todos os lados. Estabeleceu-se grande excitação na Universidade e na cidade inteira. Mostravam essas teses que o poder de conferir o perdão do pecado e remir de sua pena, jamais fora confiado ao papa ou a qualquer outro homem. Todo esse plano era uma farsa, um artifício para extorquir dinheiro, valendo-se das superstições do povo – expediente de Satanás para destruir a alma de todos os que confiassem em suas pretensões mentirosas. Mostrou-se também claramente que o evangelho de Cristo é o mais valioso tesouro da igreja, e que a graça de Deus, nele revelada, é livremente concedida a todos os que a buscam com arrependimento e fé.
As teses de Lutero desafiavam discussão; mas ninguém ousou aceitar o repto. As questões por ele propostas, em poucos dias se espalharam por toda a Alemanha, e em breves semanas repercutiram pela cristandade toda. Muitos dedicados romanistas que tinham visto e lamentado a terrível iniqüidade que prevalecia na igreja, mas não sabiam como deter seus progressos, leram as proposições com grande alegria, reconhecendo nelas a voz de Deus. Pressentiam que o Senhor graciosamente estendera a mão para deter a maré de corrupção que crescia rapidamente e que promanava da Sé de Roma. Príncipes e magistrados secretamente se regozijavam de que estava para ser posto um paradeiro ao arrogante poder que negava o direito de apelar contra suas decisões.
As multidões, supersticiosas e amantes do pecado, ficaram aterrorizadas quando se varreram os sofismas que lhes acalmavam os temores. Ardilosos eclesiásticos, interrompidos em sua obra de sancionar o crime, e vendo perigar seus lucros, encolerizaram-se e se arregimentaram para sustentar suas pretensões. O reformador teve atrozes acusadores a defrontar. Alguns o acusavam de agir precipitadamente e por impulso. Outros, de ser presunçoso, declarando mais que ele não era dirigido por Deus, mas que atuava por orgulho e ardor. "Quem é