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O Grande Conflito
LivrosAutor: Ellen White
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e morte. Não importa. Não orem por mim, mas pela Palavra de Deus. … Cristo me dará Seu Espírito para vencer esses ministros do erro. Desprezo-os em minha vida; triunfarei sobre eles pela minha morte. Estão atarefados em Worms com intuito de me obrigarem a renunciar; e esta será a minha abjuração: anteriormente eu dizia que o papa é o vigário de Cristo; hoje assevero ser ele o adversário de nosso Senhor e o apóstolo do diabo." – D’Aubigné.

Lutero não deveria fazer sozinho sua perigosa viagem. Além do mensageiro imperial, três de seus amigos mais certos se decidiram a acompanhá-lo. Melâncton ardorosamente quis unir-se a eles. Seu coração estava ligado ao de Lutero, e anelava segui-lo, sendo necessário, à prisão ou à morte. Seus rogos, porém, não foram atendidos. Se Lutero perecesse, as esperanças da Reforma deveriam centralizar-se neste jovem colaborador. Disse o reformador quando se despediu de Melâncton: "Se eu não voltar e meus inimigos me matarem, continua a ensinar e permanece firme na verdade. Trabalha em meu lugar. … Se sobreviveres, minha morte terá pouca conseqüência." – D’Aubigné. Estudantes e cidadãos que se haviam reunido para testemunharem a partida de Lutero ficaram profundamente comovidos. Uma multidão, cujo coração havia sido tocado pelo evangelho, deu-lhe as despedidas, em pranto. Assim, o reformador e seus companheiros partiram de Wittenberg.

Viram em viagem que o espírito do povo se achava oprimido por tristes pressentimentos. Nalgumas cidades honras nenhumas lhes eram tributadas. Ao pararem para o pouso, um padre amigo exprimiu seus temores, segurando diante de Lutero o retrato de um reformador italiano que sofrera o martírio. No dia seguinte souberam que os escritos de Lutero haviam sido condenados em Worms. Mensageiros imperiais estavam proclamando o decreto do imperador, e apelando ao povo para trazerem aos magistrados as obras proscritas. O arauto, temendo pela segurança de Lutero no concílio e julgando que sua resolução já pudesse estar abalada, perguntou se ele ainda desejava ir avante. Respondeu: "Posto que interdito em todas as cidades, irei." – D’Aubigné.

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