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O Grande Conflito
LivrosAutor: Ellen White
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do tempo de Cristo ou os romanistas do tempo de Lutero, contentava-se em crer como creram seus pais, e viver como eles viveram. Portanto, a religião degenerou novamente em formalismo; e erros e superstições que, houvesse a igreja continuado a andar à luz da Palavra de Deus, teriam sido repudiados, foram acalentados e retidos. Destarte, o espírito que fora inspirado pela Reforma, foi gradualmente arrefecendo até haver quase tão grande necessidade de reforma nas igrejas protestantes como na igreja romana ao tempo de Lutero. Havia o mesmo mundanismo e apatia espiritual, idêntica reverência às opiniões de homens, e substituição dos ensinos da Palavra de Deus pelas teorias humanas.

A ampla circulação da Escritura Sagrada nos princípios do século XIX, e a grande luz assim derramada sobre o mundo, não foram seguidas de um correspondente progresso no conhecimento da verdade revelada e na piedade prática. Satanás não pôde, como nos séculos anteriores, privar o povo da Palavra de Deus; esta foi posta ao alcance de todos; com o intuito porém, de ainda cumprir seu objetivo, levou muitos a tê-la em pouca conta. Os homens negligenciavam pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas interpretações e acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.

Vendo o malogro de seus esforços em aniquilar a verdade pela perseguição, Satanás de novo recorreu ao plano de condescendência, que deu como resultado a grande apostasia e a formação da Igreja de Roma. Induziu os cristãos a se aliarem, não com os pagãos, mas com os que, por seu apego às coisas deste mundo, tinham demonstrado ser tão verdadeiramente idólatras como o eram os adoradores de imagens de escultura. E os resultados desta união não foram menos perniciosos então do que nos séculos anteriores; o orgulho e a extravagância eram incentivados sob o disfarce de religião, e as igrejas se tornaram corruptas. Satanás continuou a perverter as doutrinas da Escritura Sagrada, e tradições que deveriam fazer a ruína de milhões estavam a deitar profundas raízes. A igreja mantinha e defendia essas tradições, em vez de contender pela "fé que uma vez foi dada aos santos". Assim se degradaram os princípios por que os reformadores tanto haviam realizado e sofrido.

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