avatar
O Grande Conflito
LivrosAutor: Ellen White
InstalarEnglish
Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

Ler Audio pdf epub mobi EWG CPB

Pág. 515

permitido varrer para o mar um rebanho de porcos; e para os habitantes de Gadara a perda disto sobrepujou as bênçãos que Cristo conferira, e pediram eles ao Médico divino que Se retirasse. Este o resultado que Satanás intentava obter. Lançando sobre Jesus a culpa de seu prejuízo, suscitou os temores egoístas do povo, impedindo-o de escutar Suas palavras. Satanás acusa constantemente os cristãos como causa de prejuízo, desgraça e sofrimento, em vez de consentir que a censura recaia onde compete: sobre si mesmo e seus anjos.

Os propósitos de Cristo não foram, porém, subvertidos. Permitiu que os espíritos maus destruíssem a manada de porcos, como reprovação àqueles judeus que, por amor do ganho, estavam a criar tais animais imundos. Não houvesse Cristo restringido os demônios, e teriam arrastado para o mar não somente os porcos, mas também seus guardadores e possuidores. A preservação dos que os guardavam bem como dos seus donos, foi unicamente devida a Seu poder, misericordiosamente exercido para o livramento deles. Demais, foi permitido que esse acontecimento ocorresse a fim de que os discípulos pudessem testemunhar o poder cruel de Satanás, tanto sobre o homem como sobre os animais. O Salvador desejava que Seus seguidores conhecessem o adversário que tinham de enfrentar, para que não fossem enganados e vencidos por seus ardis. Era também Sua vontade que o povo daquela região contemplasse Seu poder de quebrar o cativeiro de Satanás e libertar seus cativos. E, ainda que o próprio Jesus Se retirasse, os homens tão maravilhosamente libertos ficaram para declarar a misericórdia de seu Benfeitor.

Outros exemplos de natureza semelhante se acham registrados nas Escrituras. A filha da mulher siro-fenícia era atrozmente atormentada por um demônio, ao qual Jesus expulsou por Sua palavra (Mar. 7:26-30). Um "endemoninhado cego e mudo" (Mat. 12:22); um moço que tinha um espírito mudo que muitas vezes o lançava "no fogo, e na água, para o destruir" (Mar. 9:17-27); o lunático que, atormentado pelo "espírito de um demônio imundo" (Luc. 4:33-36), perturbava a calma do sábado na sinagoga de Cafarnaum –

Página: 514516

Disponível também pela CPB