- Parábolas de Jesus
Como é Decidido Nosso Destino
Capítulo: 020 021022
Pág. 264
"Abraão, meu pai", orou ele, "tem misericórdia de mim." Luc. 16:24. Não orou a Deus, mas a Abraão. Assim mostrava que colocava Abraão acima de Deus, e confiava na salvação pelo parentesco com ele. O ladrão na cruz endereçou sua oração a Cristo. "Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no Teu reino" (Luc. 23:42), disse ele, e imediatamente veio a resposta: Na verdade, na verdade te digo hoje (quando estou suspenso na cruz, em humilhação e sofrimento), estarás comigo no Paraíso. O rico, porém, orou a Abraão, e sua petição não foi atendida. Cristo somente está exaltado a "Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados". Atos 5:31. "E em nenhum outro há salvação." Atos 4:12.
O rico passara a vida em complacência própria, e demasiado tarde viu que não fizera provisão para a eternidade. Reconheceu sua loucura, e pensou nos irmãos que como ele procederiam, vivendo para se comprazerem. Suplicou, então: "Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes [Lázaro] à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham para este lugar de tormento." Mas "disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite." Luc. 16:27-31.
Quando o rico solicitava evidência adicional para seus irmãos foi-lhe dito claramente que mesmo que esta evidência fosse dada, não seriam persuadidos. Seu pedido lançava uma injúria a Deus. Era como se o rico dissesse: Se me tivesses advertido mais cabalmente, eu não estaria aqui agora. Por sua resposta, Abraão é apresentado