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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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outros adoradores do verdadeiro Deus. E em vista disto rogou ele: "Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; … longe de Ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?" Gên. 18:25. Abraão não pediu simplesmente uma vez, mas muitas vezes. Tornando-se mais ousado, ao serem satisfeitos os seus pedidos, continuou até obter certeza de que, se mesmo dez pessoas justas pudessem achar-se nela, a cidade seria poupada.

O amor pelas almas que pereciam, inspirava a oração de Abraão. Ao mesmo tempo em que lhe repugnavam os pecados daquela cidade corrupta, desejava que os pecadores pudessem salvar-se. Seu profundo interesse por Sodoma mostra a ansiedade que devemos experimentar pelos impenitentes. Devemos alimentar ódio ao pecado, mas piedade e amor para com o pecador. Em redor de nós existem almas que descem à ruína, tão irremediável, tão terrível, como aquela que recaiu sobre Sodoma. Cada dia o tempo de graça de alguém se encerra. Cada hora alguns passam para além do alcance da misericórdia. E onde estão as vozes de aviso e rogo, mandando o pecador fugir desta condenação terrível? Onde estão as mãos estendidas para o fazer retroceder do caminho da morte? Onde estão os que com humildade e fé perseverante intercedem junto a Deus por ele?

O espírito de Abraão era o espírito de Cristo. O Filho de Deus é o grande intercessor em favor do pecador. Aquele que pagou o preço pela redenção da alma humana, sabe o valor de uma alma. Com tal antagonismo ao mal, que unicamente pode existir em uma natureza imaculadamente pura, Cristo manifestou para com o pecador um amor que apenas a infinita bondade poderia conceder. Nas agonias da crucifixão, Ele próprio sobrecarregado com o peso medonho dos pecados do mundo inteiro, orou por aqueles que O aviltavam e assassinavam: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". Luc. 23:34.

De Abraão está escrito que "foi chamado o amigo de Deus" (Tia. 2:23), "pai de todos os que crêem". Rom. 4:11. O testemunho de Deus com relação a este fiel patriarca, é: "Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis". Gên. 26:5. E outra vez: "Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado". Gên. 18:19. Alta honra aquela a que Abraão foi chamado, para ser o pai do povo que durante séculos foram os guardas e preservadores da verdade

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