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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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Escutando Moisés estas censuras, ficou grandemente angustiado. Os sofrimentos do povo tinham aumentado muito. Por todo o país se erguia um clamor de desespero de velhos e jovens, e todos se uniam em acusá-lo da mudança desastrosa em sua condição. Com amargura de alma foi perante Deus, com o clamor: "Senhor, por que fizeste mal a este povo? por que me enviaste? Porque desde que entrei a Faraó, para falar em Teu nome, ele maltratou a este povo; e de nenhuma sorte livraste Teu povo." A resposta foi: "Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque por uma mão poderosa os deixará ir, sim, por uma mão poderosa, os lançará de sua terra." Êxo. 5:22 e 23. Novamente foi-lhe indicado o concerto que Deus fizera com os pais, e assegurou-se-lhe que o mesmo seria cumprido.

Durante todos os anos de servidão no Egito tinha havido entre os israelitas alguns que se apegavam ao culto de Jeová. Estes ficavam dolorosamente perturbados ao verem seus filhos diariamente testemunharem as abominações dos gentios, e mesmo curvarem-se aos seus deuses falsos. Em sua angústia clamaram ao Senhor, pedindo livramento do jugo egípcio, para que pudessem estar livres da influência corruptora da idolatria. Não escondiam sua fé, mas declaravam aos egípcios que o objeto de seu culto era o Criador do céu e da Terra, o único Deus verdadeiro e vivo. Reconsideravam as provas de Sua existência e poder, desde a criação até os dias de Jacó. Os egípcios tiveram assim oportunidade de familiarizar-se com a religião dos hebreus; mas, desdenhando ser instruídos por seus escravos, experimentaram seduzir os adoradores de Deus com promessas de recompensas, e, falhando isto, por meio de ameaças e crueldade.

Os anciãos de Israel esforçaram-se por suster a fé dos irmãos, que estava a sucumbir, repetindo-lhes as promessas feitas a seus pais, e as palavras proféticas de José antes de sua morte, predizendo o livramento deles do Egito. Alguns escutavam e criam. Outros, olhando para as circunstâncias que os cercavam, rejeitaram as esperanças. Os egípcios, estando informados do que se divulgava entre seus escravos, zombavam de suas expectativas, e escarnecedoramente negavam o poder de seu Deus. Apontavam para a situação deles como uma nação de escravos, e com sarcasmo diziam: "Se vosso Deus é justo e misericordioso, e possui poder superior ao dos deuses egípcios, por que não faz de vós um povo livre?" Chamavam a atenção para a sua própria

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