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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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Foi a mão de Deus, e não influência ou poder humano possuído por Moisés e Arão, o que operou os prodígios que exibiram perante Faraó. Estes sinais e prodígios eram destinados a convencer Faraó de que o grande "EU SOU" (Êxo. 3:14) enviara Moisés, e de que era dever do rei deixar Israel ir, para que pudessem servir ao Deus vivo. Os magos também exibiram sinais e prodígios; pois agiam não somente pela sua própria habilidade, mas pelo poder de seu deus, Satanás, que os ajudava a contrafazer a obra de Jeová.

Os magos não fizeram realmente suas varas transformar-se em serpentes; mas, pela mágica, auxiliados pelo grande enganador, foram capazes de produzir esta aparência. Estava além do poder de Satanás transformar as varas em serpentes vivas. O príncipe do mal, possuindo embora toda a sabedoria e poder de um anjo decaído, não tem o poder de criar ou dar a vida; isto é prerrogativa de Deus somente. Mas tudo que estava no poder de Satanás fazer, ele o fez; produziu uma contrafação. À vista humana as varas tinham sido transformadas em cobras. E que assim fosse, acreditavam Faraó e sua corte. Nada havia em sua aparência para distingui-las da serpente produzida por Moisés. Se bem que o Senhor fizesse com que a serpente verdadeira tragasse as serpentes espúrias, contudo mesmo isto foi considerado por Faraó, não como uma obra do poder de Deus, mas como o resultado de uma espécie de mágica superior à de seus servos.

Faraó desejava justificar sua obstinação em resistir à ordem divina, e daí procurava ele algum pretexto para não tomar em consideração os prodígios que Deus operara por meio de Moisés. Satanás deu-lhe exatamente o que ele desejava. Pela obra que operara por intermédio dos magos, fez parecer aos egípcios que Moisés e Arão eram apenas magos e encantadores, e que a mensagem que traziam não podia impor respeito como provinda de um Ser superior. Assim a falsificação de Satanás cumpriu o seu objetivo de tornar ousados os egípcios em sua rebelião, e fazer com que Faraó endurecesse o coração contra a convicção. Satanás esperava também abalar a fé de Moisés e Arão na origem divina de sua missão, para que pudessem prevalecer os seus instrumentos. Não queria que os filhos de Israel fossem libertos do cativeiro, para servirem ao Deus vivo.

Todavia, tinha ainda o príncipe do mal um objetivo de maior alcance ao manifestar seus prodígios por meio dos magos. Ele bem sabia que Moisés, quebrando o jugo do cativeiro de sobre os filhos de Israel, prefigurava Cristo, que devia destruir o reino

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