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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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A inimizade de Satanás à lei de Deus compeliu-o a fazer guerra contra cada preceito do Decálogo. Com o grande princípio de amor e fidelidade para com Deus, o Pai de todos, relaciona-se intimamente o princípio do amor e obediência filial. O desdém à autoridade paterna logo determinará o desdém pela autoridade de Deus. Daí os esforços de Satanás para diminuir a obrigação imposta pelo quinto mandamento. Entre os povos gentílicos, o princípio estipulado neste preceito era pouco atendido. Em muitas nações os pais eram abandonados, ou mortos, logo que a idade os tornava incapazes de proverem por si as suas necessidades. Na família, a mãe era tratada com pouco respeito, e pela morte de seu marido exigia-se-lhe submeter-se à autoridade do filho mais velho. A obediência filial foi ordenada por Moisés; mas, afastando-se os israelitas do Senhor, o quinto mandamento, juntamente com outros, veio a ser desrespeitado.

Satanás foi "homicida desde o princípio" (João 8:44); e, logo que obteve poder sobre a raça humana, não somente os dispôs a odiar e matar uns aos outros, mas, para mais ousadamente desafiar a autoridade de Deus, fez da violação do sexto mandamento uma parte da religião deles.

Mediante concepções pervertidas acerca dos atributos divinos, nações gentílicas foram levadas a crer serem necessários os sacrifícios humanos a fim de conseguirem o favor de suas divindades; e as mais horríveis crueldades têm sido perpetradas sob várias formas de idolatria. Entre estas estava o costume de fazer seus filhos passarem pelo fogo, perante seus ídolos. Quando um deles saía ileso desta prova, o povo acreditava que suas ofertas eram aceitas; aquele, que assim se livrava, era considerado como especialmente favorecido pelos deuses, era cumulado de benefícios, e a seguir sempre tido em grande estima; e, por mais graves que fossem os seus crimes, nunca era punido. Mas, se acontecesse ser algum queimado ao passar pelo fogo, estaria selada a sua sorte; acreditava-se que a ira dos deuses podia ser aplacada unicamente tirando a vida da vítima, e era ela, de acordo com isto, oferecida em sacrifício. Em tempos de grande apostasia prevaleceram estas abominações, até certo ponto, entre os israelitas.

A violação do sétimo mandamento cedo também foi praticada em nome da religião. Os mais licenciosos e abomináveis ritos

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