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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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rebeldes desceram vivos para o abismo, com tudo que lhes pertencia, e "pereceram no meio da congregação". Núm. 16:33. O povo fugiu, condenando-se a si próprio, como participantes do pecado.

Mas os juízos não haviam terminado. Fogo que flamejou da nuvem consumiu os duzentos e cinqüenta príncipes que tinham oferecido incenso. Estes homens, não sendo os primeiros na rebelião, não foram destruídos com os principais conspiradores. Foi-lhes permitido ver o fim daqueles, e ter oportunidade para o arrependimento; mas suas simpatias estavam com os rebeldes, e partilharam de sua sorte.

Quando Moisés estava rogando a Israel para que fugisse da destruição vindoura, poder-se-ia mesmo ter detido então o juízo divino, se Coré e seu grupo se arrependessem e buscassem perdão. Sua obstinada persistência, porém, selou-lhes a condenação. A congregação inteira foi participante de seu crime, pois que todos, em maior ou menor grau, haviam contemporizado com eles. Deus, todavia, em Sua grande misericórdia, fizera distinção entre os chefes da rebelião e aqueles a quem haviam conduzido. Ao povo que se deixara enganar concedeu-se ainda tempo para o arrependimento. Dera-se prova esmagadora de que estavam em erro, e de que Moisés estava com a razão. A notável manifestação do poder de Deus removera toda a incerteza.

Jesus, o Anjo que ia adiante dos hebreus, procurou salvá-los da destruição. O perdão continuava ainda ao seu alcance. Os juízos de Deus tinham vindo muito perto, incitando-os a que se arrependessem. Uma especial, irresistível intervenção do Céu, fizera deter sua rebelião. Agora, se correspondessem à interferência da providência de Deus, poderiam salvar-se. Mas, conquanto fugissem dos juízos pelo temor da destruição, sua rebelião não estava curada. Voltaram às suas tendas naquela noite, aterrorizados, mas não arrependidos.

Tinham sido lisonjeados por Coré e seu grupo a ponto de chegarem a crer que eram realmente um povo muito bom, e que haviam sido lesados e maltratados por Moisés. Caso admitissem que Coré e seu grupo estavam em erro, e Moisés com a razão, seriam então compelidos a reconhecer como palavra de Deus a sentença de que deveriam morrer no deserto. Não estavam dispostos a sujeitar-se a isto, e procuraram crer que Moisés os enganara. Tinham alimentado carinhosamente a esperança de que uma nova ordem de coisas estivesse prestes a estabelecer-se, na qual a reprovação seria substituída pelo louvor, e a ansiedade e conflito,

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