avatar
Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
InstalarEnglish
Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

Ler Audio pdf epub mobi EWG CPB

Balaão
Capítulo: 039 040041
Pág. 448

Se Balaão tivesse tido disposição para aceitar a luz que Deus dera, teria então tornado verdadeiras para si as Suas palavras; teria de pronto cortado toda a conexão com Moabe. Não mais teria abusado da misericórdia de Deus, mas a Ele teria voltado com profundo arrependimento. Mas Balaão amava o salário da injustiça, e estava decidido a consegui-lo.

Balaque tinha confiantemente esperado uma maldição que caísse como uma praga definhadora sobre Israel; e, às palavras do profeta, exclamou com paixão: "Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que inteiramente os abençoaste." Balaão, procurando fazer da necessidade virtude, diz haver falado, em atenção conscienciosa para com a vontade de Deus, as palavras que foram forçadas aos seus lábios pelo poder divino. Sua resposta foi: "Porventura não terei cuidado de falar o que o Senhor pôs na minha boca?" Núm. 23:11 e 12.

Balaque não pôde mesmo então abandonar o seu intento. Julgou que o espetáculo imponente apresentado pelo vasto acampamento dos hebreus, houvesse intimidado de tal maneira a Balaão que este não ousasse praticar suas adivinhações contra eles. Resolveu o rei levar o profeta a algum ponto onde visse apenas uma pequena parte das hostes. Se pudesse ser induzido a amaldiçoá-los em partes destacadas, todo o arraial logo seria votado à destruição. No cimo de uma elevação chamada Pisga, fez-se outra prova. Construíram-se novamente sete altares, sobre os quais foram colocadas as mesmas ofertas que ao princípio. O rei e seus príncipes permaneceram ao lado dos sacrifícios, enquanto Balaão se retirou para encontrar-se com Deus. Foi outra vez confiada ao profeta uma mensagem divina, que ele foi impotente para alterar ou reter.

Quando ele apareceu à multidão ansiosa e expectante, foi-lhe feita a pergunta: "Que coisa falou o Senhor?" A resposta, como antes, lançou o terror no coração do rei e dos príncipes:

"Deus não é homem, para que minta;

Nem filho do homem, para que Se arrependa.

Porventura diria Ele, e não o faria?

Ou falaria, e não o confirmaria?

Eis que recebi mandado de abençoar;

Pois Ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.

Não viu iniqüidade em Israel,

Nem contemplou maldade em Jacó;

O Senhor seu Deus é com ele, e nele,

E entre eles se ouve o alarido dum rei." Núm. 23:19-21.

Página: 447449

Disponível também pela CPB