- Patriarcas e Profetas V. A Conquista de Canaã
A Queda de Jericó
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Os hebreus tinham entrado em Canaã, mas não a haviam sujeitado; e quanto às aparências humanas, a luta para obterem posse da terra deveria ser longa e difícil. Era habitada por uma raça poderosa, que se encontrava pronta para opor-se à invasão de seu território. As várias tribos se achavam coligadas pelo receio de um perigo comum. Seus cavalos e férreos carros de batalha, seu conhecimento do território, e seu adestramento na guerra dar-lhes-iam grande vantagem. Além disso, o território era guardado por fortalezas – "cidades grandes, e muradas até aos céus". Deut. 9:1. Unicamente na certeza de uma força que não lhes era própria, poderiam os israelitas esperar êxito no conflito que estava iminente.
Uma das mais poderosas fortalezas da Terra – a grande e rica cidade de Jericó – encontrava-se precisamente diante deles, a pouca distância apenas de seu acampamento em Gilgal. Nas bordas de uma planície fértil, abundante de ricas e variadas produções tropicais, com seus palácios e templos como habitação de luxo e do vício, apresentava esta orgulhosa cidade, por trás de suas sólidas muralhas, desafio ao Deus de Israel. Jericó era uma das principais sedes do culto idólatra, sendo dedicada especialmente a Astarote, a deusa da Lua. Ali se centralizava tudo que era mais vil e degradante na religião dos cananeus. O povo de Israel, em cuja mente se achavam frescas as lembranças dos resultados terríveis de seu pecado em Bete-Peor, apenas poderia olhar para esta cidade gentílica com repugnância e horror.
Submeter Jericó era considerado por Josué o primeiro passo na conquista de Canaã. Mas antes de tudo procurou certeza de guia divina; e esta lhe foi concedida. Retirando-se do acampamento a fim de meditar e orar para que o Deus de Israel fosse adiante de Seu povo, viu um guerreiro armado, de grande estatura e presença imponente, "que tinha na mão uma espada nua." À intimação de Josué: "És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos?" deu-se