avatar
Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
InstalarEnglish
Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

Ler Audio pdf epub mobi EWG CPB

Pág. 587

Mas estavam agora os filisteus tão ansiosos para se livrarem de sua presença como haviam estado para a obterem. Em vez de ser uma fonte de força para eles, foi um grande peso e grave maldição. Contudo não sabiam o que fazer; pois aonde quer que ela ia, seguiam-se os juízos de Deus. O povo chamou os príncipes da nação, juntamente com os sacerdotes e adivinhos, e ansiosamente indagou: "Que faremos nós da arca do Senhor? Fazei-nos saber como a tornaremos a enviar ao seu lugar." Foram aconselhados a devolvê-la com uma valiosa oferta para expiação da culpa. "Então", disseram os sacerdotes, "sereis curados, e se vos fará saber porque a Sua mão se não tira de vós."

Para desviar ou remover uma praga, era antigamente costume entre os gentios fazer-se uma imagem de ouro, prata, ou outro material, daquilo que causava destruição, ou do objeto ou parte do corpo especialmente atacada. Isto era colocado sobre alguma coluna, ou em algum ponto bem visível, e supunha-se ser uma proteção eficaz contra os males assim representados. Costume semelhante ainda existe entre alguns povos gentílicos. Quando uma pessoa que sofre de moléstia vai ao templo de seu ídolo em busca de cura, leva consigo uma figura da parte atacada, que apresenta como uma oferta ao seu deus.

Foi de acordo com esta superstição dominante, que os principais dos filisteus recomendaram ao povo fazer representações das pragas pelas quais tinham sido afligidos: "cinco hemorróidas de ouro e cinco ratos de ouro", "segundo o número dos príncipes dos filisteus"; "porquanto", disseram eles, "a praga é uma mesma sobre todos vós e sobre todos os vossos príncipes". I Sam. 6:2-4.

Aqueles magos reconheciam que um poder misterioso acompanhava a arca, poder este que eles não tinham sabedoria para enfrentar. Contudo não aconselhavam o povo a desviar-se de sua idolatria para servirem ao Senhor. Odiavam ainda ao Deus de Israel, embora compelidos pelos juízos esmagadores a submeter-se à Sua autoridade. Assim os pecadores podem convencer-se pelos juízos de Deus de que é inútil contender contra Ele. Podem ser obrigados a sujeitar-se ao Seu poder, enquanto no coração se rebelam contra o Seu domínio. Tal submissão não pode salvar o pecador. O coração deve render-se a Deus – deve ser subjugado pela graça divina – antes que o arrependimento do homem possa ser aceito.

Quão grande é a longanimidade de Deus para com os ímpios! Os filisteus idólatras e o relapso Israel haviam semelhantemente

Página: 586588

Disponível também pela CPB