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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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Israel". Volvendo-se Samuel para partir, o rei, na agonia do medo, lançou mão de seu manto para o fazer voltar, mas este rasgou-se em suas mãos. Com isto, o profeta declarou: "O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel, e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu." I Sam. 15:26 e 28.

Saul ficou mais perturbado com o afastamento de Samuel do que com o desagrado de Deus. Sabia que o povo tinha mais confiança no profeta do que nele mesmo. Se um outro fosse agora por ordem divina ungido rei, entendia Saul que seria impossível manter sua autoridade. Ele temia uma revolta imediata, caso Samuel o abandonasse inteiramente. Saul rogou ao profeta que o honrasse diante dos anciãos e do povo, unindo-se publicamente a ele em um serviço religioso. Por determinação divina, Samuel cedeu ao pedido do rei, para que se não desse ocasião a uma revolta. Mas ele ficou apenas como uma testemunha silenciosa daquele serviço religioso.

Um ato de justiça, severo e terrível, seria ainda realizado. Samuel devia publicamente reivindicar a honra de Deus, e repreender a conduta de Saul. Ordenou que o rei dos amalequitas fosse trazido perante ele. Dentre todos os que haviam sido vencidos pela espada de Israel, Agague era o mais criminoso e implacável; ele foi o que havia odiado e procurado destruir o povo de Deus, e cuja influência fora mais forte para promover a idolatria. Veio ele pela ordem do profeta, lisonjeando-se com a idéia de que o perigo de morte havia passado. Samuel declarou: "Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada a tua mãe entre as mulheres. Então Samuel despedaçou a Agague perante o Senhor em Gilgal." I Sam. 15:33. Isto feito, Samuel voltou à sua casa em Ramá, e Saul à sua em Gibeá. Apenas uma vez depois disso encontraram-se o profeta e o rei.

Quando foi chamado ao trono, Saul tinha uma opinião humilde de suas aptidões, e estava disposto a ser instruído. Era deficiente em conhecimentos e experiência, e tinha graves defeitos de caráter. Mas o Senhor concedeu-lhe o Espírito Santo como guia e auxiliador, e o colocou em uma posição em que poderia desenvolver as qualidades indispensáveis a um governador de Israel. Houvesse ele se conservado humilde, procurando constantemente ser guiado pela sabedoria divina, e ter-se-ia habilitado a desempenhar os deveres de seu elevado cargo, com êxito e honra. Sob a influência da graça divina, toda boa qualidade estaria a ganhar

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