- Patriarcas e Profetas VII. O Reino Unido
A Rejeição de Saul
Capítulo: 060 061062
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"A rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria." I Sam. 15:23. A rebelião originou-se com Satanás, e toda rebelião contra Deus é devida diretamente à influência satânica. Aqueles que se põem contra o governo de Deus entraram em aliança com o máximo apóstata, e este exercerá seu poder e engano para cativar os sentidos e desencaminhar o entendimento. Ele fará todas as coisas aparecerem sob uma luz falsa. Semelhantes aos nossos primeiros pais, os que se acham sob sua fascinação mágica vêem apenas os grandes benefícios a serem recebidos pela transgressão.
Não se pode dar prova maior do poder enganador de Satanás do que o fato de que muitos, que assim são levados por ele, enganam-se com a crença de que estão ao serviço de Deus. Quando Coré, Datã e Abirã se rebelaram contra a autoridade de Moisés, pensaram que apenas estavam se opondo a um dirigente humano, um homem como eles mesmos; e chegaram a crer que estavam em verdade a fazer o serviço de Deus. Mas, rejeitando o instrumento escolhido de Deus, rejeitaram a Cristo; insultaram o Espírito de Deus. Assim, nos dias de Cristo, os escribas e anciãos judeus, que professavam ter grande zelo pela honra de Deus, crucificaram a Seu filho. O mesmo espírito existe ainda nos corações daqueles que se põem a seguir sua própria vontade em oposição à de Deus.
Saul tivera a mais ampla prova de que Samuel era divinamente inspirado. O aventurar-se ele a desrespeitar a ordem de Deus dada por intermédio do profeta, era contra os ditames da razão e do são juízo. Sua fatal arrogância deve ser atribuída à feitiçaria satânica. Saul tinha manifestado grande zelo ao suprimir a idolatria e a feitiçaria; no entanto, em sua desobediência à ordem divina fora movido pelo mesmo espírito de oposição a Deus, e inspirado por Satanás tão realmente como são os que praticam a feitiçaria; e, ao ser reprovado, acrescentou a teimosia à rebelião. Não poderia ter oferecido maior insulto ao Espírito de Deus, se abertamente se tivesse unido aos idólatras.
É um perigoso passo menosprezar as reprovações e advertências da Palavra de Deus ou de Seu Espírito. Muitos, como Saul, rendem-se à tentação até que se tornam cegos ao verdadeiro caráter do pecado. Lisonjeiam-se de que tiveram em vista algum bom objetivo, e não fizeram mal por se afastarem dos mandados do Senhor. Assim descontentam o Espírito da graça até que Sua voz não mais é ouvida, e são abandonados às ilusões que escolheram.