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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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O solitário pastor ficou sobressaltado com o inesperado chamado do mensageiro, que anunciou que o profeta viera a Belém e o mandara chamar. Com surpresa perguntou por que o profeta e juiz de Israel desejava falar com ele; mas sem demora obedeceu à chamada. "E era ruivo e formoso de semblante e de boa presença." Ao ver Samuel com prazer o pastorzinho formoso, viril e modesto, a voz do Senhor falou ao profeta, dizendo: "Levanta-te, e unge-o, porque este mesmo é." Davi havia-se mostrado bravo e fiel no humilde ofício de pastor, e agora Deus o escolhera para ser o capitão de Seu povo. "Então Samuel tomou o vaso do azeite, e ungiu-o no meio de [dentre] seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor Se apoderou de Davi." I Sam. 16:12 e 13. O profeta tinha cumprido o trabalho que lhe havia sido designado, e com coração aliviado voltou a Ramá.

Samuel não tinha dado a conhecer a sua missão, mesmo à família de Jessé, e a cerimônia da unção de Davi fora efetuada secretamente. Foi aquilo uma indicação ao jovem acerca do alto destino que o aguardava, a fim de que, por entre todas as experiências variadas e perigos de seus anos vindouros, tal conhecimento pudesse inspirá-lo a ser fiel ao propósito de Deus que deveria ser cumprido por sua vida.

A grande honra conferida a Davi não teve como resultado ensoberbecê-lo. Apesar do elevado cargo que deveria ocupar, continuou silenciosamente com sua ocupação, contente com esperar o desenvolvimento dos planos do Senhor, no tempo e maneira que Lhe aprouvessem. Tão humilde e modesto como antes de sua unção, o pastorzinho voltou às colinas, e vigiava e guardava seus rebanhos com tanta ternura como sempre. Com nova inspiração, porém, compunha suas melodias, e tocava em sua harpa. Diante dele se estendia uma paisagem de rica e variada beleza. As videiras, com seus cachos, resplandeciam à luz solar. As árvores da floresta, com sua verde folhagem, inclinavam-se com a brisa. Via o Sol inundando os céus de luz, saindo como o noivo de sua câmara, e regozijando-se como um herói a percorrer o seu caminho. Havia os altivos cumes dos montes, dirigindo-se para os céus; a grande distância erguiam-se os áridos penhascos da muralha montanhosa de Moabe; por cima de tudo estendia-se o suave azul da abóbada dos céus. E além estava Deus. Ele não O podia ver, mas Suas obras estavam cheias de Seu louvor. A luz do dia, dourando a floresta e a montanha, prados e ribeiros, elevava a mente a ver o Pai das luzes, o Autor de toda a boa e perfeita dádiva.

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