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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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contra o músico com o intuito de dar fim à sua vida. Davi foi preservado pela intervenção de Deus, e ileso fugiu da ira do enfurecido rei.

Aumentando o ódio de Saul contra Davi, tornou-se ele cada vez mais atento para encontrar uma oportunidade a fim de lhe tirar a vida; mas nenhum de seus planos contra o ungido do Senhor foi bem-sucedido. Saul entregou-se ao domínio do espírito mau que o governava, ao passo que Davi confiava nAquele que é poderoso em conselho, e forte para livrar. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Prov. 9:10) e a oração de Davi era continuamente dirigida a Deus, para que pudesse andar diante dEle de uma maneira perfeita.

Desejando libertar-se da presença de seu rival, o rei "o desviou de si, e o pôs por chefe de mil. … Porém todo o Israel e Judá amava a Davi". I Sam. 18:13 e 16. O povo bem depressa viu que Davi era pessoa competente, e que os negócios entregues às suas mãos eram dirigidos com sabedoria e perícia. Os conselhos do moço eram de caráter sábio e discreto, e demonstraram a conveniência de segui-los, enquanto o juízo de Saul era por vezes indigno de confiança, e não prudentes as suas decisões.

Posto que Saul estivesse sempre alerta procurando uma oportunidade para destruir a Davi, tinha receio dele, visto ser evidente que o Senhor estava com ele. O caráter irrepreensível de Davi suscitou a ira do rei; ele imaginava que a própria vida e presença de Davi lançavam opróbrio sobre ele, visto que contrastadamente apresentavam com desvantagem o seu caráter. Era a inveja o que infelicitava a Saul, e punha em risco o humilde súdito de seu trono. Que mal indescritível tem feito em nosso mundo este mau traço de caráter! A mesma inimizade que moveu o coração de Caim contra seu irmão Abel, porque as obras de Abel eram justas, e Deus o honrava, e as suas eram más, e o Senhor o não podia abençoar, essa mesma inimizade existiu no coração de Saul. A inveja é filha do orgulho, e, se é alimentada no coração, determinará o ódio, e finalmente a vingança e o assassínio. Satanás mostrou seu próprio caráter, incitando o furor de Saul contra aquele que nunca lhe fizera mal.

O rei mantinha estrita vigilância sobre Davi, esperando encontrar-lhe alguma ocasião de indiscrição ou precipitação que pudesse servir como desculpa para acarretar-lhe a desonra. Entendia que não poderia ficar satisfeito antes que tirasse a vida do moço e ainda assim estivesse justificado perante a nação pelo

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