- Patriarcas e Profetas VII. O Reino Unido
A Fuga de Davi
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fugitivo numa solitária caverna, do que poderiam estar enquanto expostos à fúria doida de um rei invejoso.
Na caverna de Adulão a família estava unida em simpatia e afeto. O filho de Jessé tangia a harpa e cantava melodiosamente: "Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!" Sal. 133:1. Ele tinha provado o amargor da desconfiança por parte de seus próprios irmãos; e a harmonia que tomara o lugar da discórdia trouxe alegria ao coração do exilado. Foi ali que Davi compôs o Salmo cinqüenta e sete.
Não demorou muito tempo que ao grupo de Davi se juntassem outras pessoas que desejavam escapar das exações do rei. Havia muitos que tinham perdido a confiança no governante de Israel, pois podiam ver que não mais era ele guiado pelo Espírito do Senhor. "Todo o homem que se achava em aperto, e todo o homem endividado, e todo o homem de espírito desgostoso", recorreu a Davi, "e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens." I Sam. 22:2. Ali tinha Davi um pequeno reino, que lhe era próprio, e neste prevaleciam a ordem e a disciplina. Mas, mesmo em seu retiro nas montanhas, estava longe de se sentir livre de perigo; pois que recebia prova contínua de que o rei não havia abandonado seus propósitos homicidas.
Encontrou um refúgio para seus pais junto ao rei de Moabe, e então, advertido de perigo por um profeta do Senhor, fugiu de seu esconderijo para o bosque de Herete. A experiência por que Davi estava a passar, não era desnecessária ou infrutífera. Deus estava a proporcionar-lhe um curso disciplinar que o habilitaria a tornar-se um sábio general bem como um rei justo e misericordioso. Com seu grupo de fugitivos estava a adquirir preparo para assumir a obra que Saul, por causa de sua paixão assassina e cega indiscrição, estava se tornando inteiramente inapto a fazer. Os homens não podem afastar-se do conselho de Deus e conservarem ainda aquela calma e sabedoria que os habilitarão a agirem com justiça e discrição. Não há loucura tão terrível, tão sem esperanças, como a de seguir a sabedoria humana, sem a guia da sabedoria de Deus.
Saul estivera preparando-se para armar cilada a Davi, e capturá-lo na caverna de Adulão; e, quando foi descoberto que Davi havia deixado aquele lugar de refúgio, o rei ficou grandemente irado. A fuga de Davi era um mistério para Saul. Podia explicá-lo apenas pela crença de que tinha havido traidores no