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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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"Benditos sejais vós do Senhor, que fizestes tal beneficência a vosso senhor, a Saul, e o sepultastes! Agora, pois, o Senhor use convosco de beneficência e fidelidade; e também eu vos farei este bem. "II Sam. 2:5 e 6. E anunciou sua subida ao trono de Judá, e pediu fidelidade por parte daqueles que haviam mostrado tão sincera lealdade.

Os filisteus não se opuseram à ação de Judá, tornando a Davi rei. Eles o haviam favorecido em seu exílio, a fim de molestar e enfraquecer o reino de Saul; e agora esperavam que por causa de sua anterior bondade para com Davi, a extensão do poder deste resultaria, afinal, em proveito deles. Mas o reinado de Davi não estaria livre de dificuldades. Com a sua coroação começou o negro registro de conspirações e rebeliões. Davi não sentou no trono de um traidor. Deus o escolhera para ser rei de Israel, e não tinha havido motivo para desconfiança e oposição. No entanto, mal havia sido sua autoridade reconhecida pelos homens de Judá, quando, pela influência de Abner, foi Isbosete, filho de Saul, proclamado rei e posto sobre um trono rival em Israel.

Isbosete não era senão um representante fraco e incompetente da casa de Saul, ao passo que Davi estava preeminentemente qualificado para assumir as responsabilidades do reino. Abner, o fator principal no levantamento de Isbosete ao poder real, tinha sido comandante-geral do exército de Saul, e era o homem mais distinto em Israel. Abner sabia que Davi tinha sido designado pelo Senhor ao trono de Israel; mas tendo-o tanto tempo afligido e perseguido, não estava agora disposto a que o filho de Jessé sucedesse no reino em que governara Saul.

As circunstâncias sob as quais Abner foi posto, serviram para desenvolver seu verdadeiro caráter, e mostraram ser ele ambicioso e sem escrúpulos. Tinha estado intimamente ligado a Saul, e fora influenciado pelo espírito do rei para desprezar o homem que Deus escolhera para reinar sobre Israel. Seu ódio aumentara pela censura incisiva que Davi lhe fizera na ocasião em que a bilha de água e a lança do rei foram tiradas de ao lado de Saul, enquanto ele dormia no acampamento. Lembrava-se de como Davi tinha bradado aos ouvidos do rei e do povo de Israel: "Porventura não és varão? e quem há em Israel como tu, por que, pois, não guardaste tu o rei teu senhor ? … Não é bom isto, que fizeste; vive o Senhor, que sois dignos de morte, vós que não guardastes a vosso senhor, o ungido do Senhor." I Sam. 26:15 e 16. Esta

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