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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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que o reino não poderia manter-se por muito tempo. Logo outro ato de traição completou a queda do poder decadente. Isbosete foi miseravelmente assassinado por dois de seus capitães, os quais, decepando-lhe a cabeça, levaram-na apressadamente ao rei de Judá, esperando assim captar o seu favor.

Compareceram perante Davi com a sangrenta testemunha de seu crime, dizendo: "Eis aqui a cabeça de Isbosete, filho de Saul, teu inimigo, que te procurava a morte; assim o Senhor vingou hoje ao rei meu senhor de Saul e da sua semente." Mas Davi, cujo trono o próprio Deus estabelecera, e a quem Deus livrara de seus adversários, não desejava o auxílio da traição para estabelecer seu poderio. Contou aos assassinos a condenação que atingira aquele que se vangloriou de matar Saul. "Quanto mais", acrescentou ele, "a ímpios homens, que mataram um homem justo em sua casa, sobre a sua cama; agora, pois, não requereria eu o seu sangue de vossas mãos, e não vos exterminaria da Terra? E deu Davi ordem aos seus mancebos que os matassem. … Tomaram, porém, a cabeça de Isbosete, e a sepultaram na sepultura de Abner, em Hebrom." II Sam. 4:11 e 12.

Depois da morte de Isbosete, houve um desejo geral entre os principais homens de Israel de que Davi fosse rei de todas as tribos. "Então todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos." Declararam: "Eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o Senhor te disse: Tu apascentarás o Meu povo de Israel, e tu serás chefe sobre Israel. Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o Senhor." II Sam. 5:1-3. Assim, pela providência de Deus, abrira-se-lhe o caminho para ir ao trono. Ele não tinha nenhuma ambição pessoal a satisfazer, pois não procurara a honra a que fora levado.

Mais de oito mil dos descendentes de Arão, e dos levitas, serviam a Davi. A mudança nos sentimentos do povo foi assinalada e decisiva. A revolução foi silenciosa e digna, adaptada à grande obra que estavam a fazer. Quase meio milhão de almas, os anteriores súditos de Saul, congregaram-se em Hebrom e arredores. As próprias colinas e vales pareciam vivas com as multidões. A hora da coroação foi designada; o homem que fora expulso da corte de Saul, que fugira às montanhas e colinas e às cavernas da terra, a fim de preservar a vida, estava prestes a receber a

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