- Patriarcas e Profetas VII. O Reino Unido
A Rebelião de Absalão
Capítulo: 071 072073
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imediatamente chamou Aitofel, um dos principais conselheiros de Davi, homem de grande fama por sua sabedoria, cuja opinião se julgava ser tão segura e prudente como a de um oráculo. Aitofel aderiu aos conspiradores, e seu apoio fez com que parecesse certo o êxito à causa de Absalão, atraindo sob sua bandeira muitos homens de influência de todas as partes do país. Soando a trombeta de revolta, os espias do príncipe por todo o país espalharam a notícia de que Absalão era rei, e muitos do povo a ele se uniram.
Entrementes foi levado o alarme a Jerusalém, ao rei. Davi despertou-se de súbito, para ver a rebelião irrompendo junto a seu trono. Seu próprio filho, aquele filho que ele amara e em quem confiara, estivera a conspirar para lhe tomar a coroa, e sem dúvida para lhe tirar a vida. Em seu grande perigo, Davi sacudiu a depressão que durante tanto tempo sobre ele repousava, e com o espírito de seus primeiros anos preparou-se para enfrentar esta terrível emergência. Absalão estava arregimentando suas forças, em Hebrom, afastada apenas trinta quilômetros. Os rebeldes logo estariam às portas de Jerusalém.
De seu palácio, Davi olhava para a sua capital – formosa de sítio, e "alegria de toda a Terra, ... a cidade do grande Rei". Sal. 48:2. Estremecia ao pensamento de expô-la à carnificina e devastação. Deveria chamar em seu auxílio os súditos ainda fiéis ao seu trono, e assumir posição para manter sua capital? Deveria permitir que Jerusalém fosse inundada de sangue? Sua decisão estava tomada. Os horrores da guerra não deveriam recair sobre a cidade escolhida. Ele sairia de Jerusalém, e então provaria a fidelidade de seu povo, dando-lhes oportunidade para se arregimentarem em seu apoio. Nesta grande crise, era seu dever a Deus e a seu povo manter a autoridade de que o Céu o investira. O desenlace do conflito ele confiaria a Deus.
Com humildade e tristeza, Davi saiu pela porta de Jerusalém, repelido de seu trono, de seu palácio, da arca de Deus, pela insurreição de seu querido filho. O povo acompanhou-o em um séquito longo e triste, semelhante a um cortejo fúnebre. A guarda pessoal de Davi, constituída pelos quereteus, peleteus, e por seiscentos geteus de Gate, sob o comando de Itai, acompanhou o rei. Mas Davi, com sua abnegação característica, não pôde consentir que esses estrangeiros que tinham procurado sua proteção se envolvessem em sua calamidade. Exprimiu surpresa de que estivessem dispostos a fazer tal sacrifício por ele. Então disse o rei