- Profetas e Reis I. Da Força Para a Fraqueza
O Arrependimento de Salomão
Capítulo: 004 005006
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Da alegria da divina comunhão, Salomão voltou-se em busca da satisfação nos prazeres do sentido. Desta experiência ele diz: "Fiz para mim obras magníficas: edifiquei para mim casas, plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e jardins, ... Adquiri servos e servas, ... amontoei também para mim prata e ouro, e jóias de reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda a sorte. Engrandeci-me, e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém. ..."E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho. ... E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do Sol."Então passei à contemplação da sabedoria, dos desvarios, e da doidice; porque, que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram. ... Pelo que aborreci esta vida. ... Também eu aborreci todo o meu trabalho, em que trabalhei debaixo do Sol." Ecl. 2:4-18.
Por sua própria amarga experiência, Salomão conheceu o vazio de uma vida que busca nas coisas terrenas seu mais alto bem. Ele construiu altares aos deuses pagãos, apenas para verificar quão vã é sua promessa de repouso para o espírito. Pensamentos sombrios e importunos perturbavam-no dia e noite. Não havia mais para ele qualquer alegria de vida ou paz de mente, e o futuro se mostrava enegrecido com desespero.